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No dia mais quente do ano, 34,2°em SP

Baixa umidade do ar ampliou desconforto

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Por Redação
Atualização:

Depois de 57 dias de estiagem, a cidade de São Paulo registrou ontem o dia mais quente do ano: 34,2 graus. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a sensação de calor e desconforto ainda foi agravada pela queda da umidade relativa do ar, que teve média de 30% no dia e atingiu o nível mínimo de 23% às 14 horas. "Atingimos as condições mínimas razoáveis de qualidade do ar", afirma Marcelo Schineidr, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). "Mas a situação pode piorar, já que só deve chover na segunda-feira", diz. Embora os meses de verão registrem as maiores temperaturas médias, setembro é o período em que historicamente ocorrem os picos de calor. O principal motivo é a falta de chuvas. Segundo Clarice Muramoto, gerente do setor de Meteorologia da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb), outros fatores explicam a elevação da temperatura. "A ausência de nuvens permite que o sol fique em constante contato com o solo, intensificando o calor", diz. "E a presença de uma massa de ar seco estabilizada sobre a região e a vinda de um vento noroeste (que parte do continente em direção ao litoral) também contribuíram para o recorde de ontem." Ontem, a Cetesb apontou ainda um outro dado preocupante: as concentrações de ozônio estavam acima dos padrões estabelecidos pela legislação ambiental e as condições meteorológicas estavam desfavoráveis para a dispersão de poluentes. "O ozônio é formado quando há muitas horas de sol e uma alta temperatura", afirma Clarice. A recomendação da Cetesb é evitar a prática de exercícios físicos durante o período das 13 às 16 horas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) orienta a população a não desperdiçar água. As represas de Guarapiranga e Rio Claro estão com 40% de sua capacidade. O Sistema Cantareira que apresenta o menor índice: 37,1%. A Sabesp diz que não há risco de racionamento na capital.Alguns municípios do interior de São Paulo - como Presidente Venceslau, Irapuru, Tarabai e Mariápolis - já começam a enfrentar problemas de abastecimento.

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