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No Maranhão, pilotos têm de dar rasantes para espantar bois

Por Ernesto Batista
Atualização:

O Maranhão tem 25 aeroportos e campos de pouso registrados na Anac. Desses, apenas cinco têm vôos regulares. Apesar de poucos, os aeródromos maranhenses guardam peculiaridades curiosas. Em alguns deles, os pilotos não podem simplesmente se aproximar e pousar a sua aeronave. Antes, eles precisam fazer duas ou três passagens em vôos rasantes sobre a pista para espantar animais, que pastam ou transitam por ali. Em Barreirinhas, localizada no litoral do Estado, a 220 quilômetros da capital São Luís, há até uma pessoa contratada apenas para enxotar bois, vacas e cabras das proximidades da pista. Um dos casos mais flagrantes de desperdício ocorre em Pinheiro, município a 100 km da capital. Lá há uma pista sinalizada de 1.740 metros, que foi preparada para receber aeronaves do tamanho dos Boeings operados pela Força Aérea Brasileira (FAB). No entanto, nunca se viu um Boeing pousar nesse aeroporto, que custou cerca de US$ 3 milhões. Apenas um bimotor passa por lá - e ainda uma vez por semana.

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