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Suspeita de assalto é levada para delegacia em porta-malas por falta de viatura

Vítimas do roubo detiveram a mulher; motorista do veículo seguiu as orientações da própria Brigada Militar, que disse não ter carros

Por Lucas Azevedo
Atualização:

PORTO ALEGRE - Uma mulher detida sob suspeita de assaltar um ônibus, em Porto Alegre, acabou levada a uma delegacia no porta-malas de um carro. O caso inusitado ocorreu na manhã des terça-feira, 15, na zona norte da capital gaúcha.

O motorista do veículo seguiu as orientações da própria Brigada Militar, que não possuía viatura disponível. O roubo ocorreu no bairro Jardim Itu Sabará. A paranaense Lídia de Oliveira Dias da Silva, 44 anos, ingressou no coletivo da linha Educandário com um comparsa e anunciou o assalto. Na fuga, vítimas correram atrás do casal e alcançaram a mulher, que foi detida.

Suspeita de assalto foi transportada até a delegacia em porta-malas por falta de viaturas da Brigada Militar Foto: Arquivo pessoal

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Ao telefonarem para a Brigada Militar e solicitarem uma viatura, a resposta do atendente às vítimas foi negativa. Naquele momento, nenhum veículo da corporação estava disponível para atender a ocorrência. Para completar, do outro lado da linha o policial sugeriu que os próprios populares conduzissem a suspeita a uma delegacia.

Um homem de 31 anos, que não quis se identificar, colocou Lídia no porta-malas de seu veículo Gol. Machucada devido à surra que levou, a mulher foi levada até a 14ª Delegacia de Polícia. O policial plantonista, no entanto, se negou a realizar o registro de ocorrência, alegando que não havia flagrante. 

Os populares foram instruídos a levar a detida até uma Delegacia de Pronto Atendimento. De volta ao porta-malas do carro, Lídia circulou pela zona norte de Porto Alegre até o motorista se deparar com uma viatura da Brigada Militar. A mulher foi entregue, algemada e levada a uma delegacia.

A Brigada Militar admitiu a falta de viaturas. A corporação e a chefia de polícia informaram que vão verificar a atuação dos policiais miliar e civil na ocorrência.

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