No Tâmisa, 150 anos de obras

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Por Diego Zanchetta
Atualização:

Em 1858, uma sessão no Parlamento inglês foi interrompida pelo mau cheiro do Rio Tâmisa, chamado à época de "Grande Fedor". Foi então que começou a ser esboçado o mais bem-sucedido projeto de despoluição de um manancial da história. Além do mau cheiro, as epidemias de cólera das décadas de 1850 a 1860 foram fundamentais para que o governo decidisse construir um sistema de captação de esgotos na cidade. Ao todo, foram quase 150 anos de investimentos na despoluição das águas do rio que corta Londres. A limpeza do rio começou em 1895 e os primeiros resultados apareceram só em 1930. Mas houve um erro na estratégia dos engenheiros: foi criado um sistema de captação do esgoto de Londres que despejava os dejetos quilômetros abaixo de onde o rio cortava a região metropolitana. Por volta de 1950, a mancha de poluição subiu e o Tâmisa voltou a ficar poluído na região do centro londrino. O governo inglês mudou a estratégia e construiu, em 1952, as primeiras estações de tratamento de esgoto da capital. Já na década de 70, um dos principais sinais de que os resultados estavam sendo alcançados era o reaparecimento do salmão, um peixe sensível à poluição, presente em águas limpas. Ainda hoje, a Thames Water, empresa de saneamento londrina, mantém investimentos em obras para conter a poluição.

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