Norambuena nega parte de brasileira em seqüestro

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Por Agencia Estado
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Maurício Hernández Norambuena, o Comandante Ramiro, negou à polícia que Naila Talua Tosta de Freitas, a brasileira identificada pela polícia como integrante do grupo, tenha participado do seqüestro de Washington Olivetto. Quando os policiais brasileiros e chilenos lhe contaram que Naila havia sido reconhecida, o líder dos seqüestradores presos em Serra Negra foi lacônico: "Impossível." Norambuena, número dois do grupo chileno Frente Patriótica Manuel Rodrigues (FPMR), afirmou que nenhum brasileiro participou do crime. Naila, porém, foi reconhecida fotograficamente por duas testemunhas, que trabalham numa loja de tintas de São Paulo. Essas pessoas disseram que foi a brasileira quem havia comprado uma lata de tinta (e não flores, como divulgado anteriormente) enviada a Patrícia Viotti, mulher de Olivetto, com uma carta, durante as negociações do resgate. Os seqüestradores exigiam US$ 10 milhões para libertar o publicitário - seqüestrado numa ação conjunta de dois grupos chilenos: o Movimento Esquerda Revolucionária (MIR) e a FPMR. Na loja, Naila se apresentou como surda-muda e com um cartão, no qual dizia o que precisava comprar. Ela também foi reconhecida por duas testemunhas nas investigações do caso Abílio Diniz. Uma disse ter visto Naila comprando a Caravan usada no crime e a outra, um oftalmologista, disse ter feito uma receita de óculos para ela em 11 de dezembro de 1989, dia em que o empresário foi apanhado. A receita foi encontrada no cativeiro de Diniz.

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