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Noronha se prepara para receber corpos

Por Ângela Lacerda e Andrei Netto
Atualização:

Três caixas com sacos para cadáver foram desembarcadas por volta das 15h30 de ontem em Fernando de Noronha. Mais cedo, às 9h30, um avião já havia pousado no arquipélago carregado de colchões e um caminhão frigorífico. O equipamento dispõe ainda de um sistema de filtragem de água e gerador de energia. Em Paris, a Air France comunicou oficialmente às famílias europeias a morte dos 228 desaparecidos. A conclusão foi baseada no fato de que não houve amerissagem - pouso no mar. Em todas as hipóteses sobre a maneira como o avião caiu no Oceano Atlântico, a morte de todos seria inevitável. Guillaume Decroix de Saint-Marc, presidente da Associação de Vítimas do Terrorismo, disse que a notícia era esperada. "Muitos já haviam entendido que não havia esperança." Com a experiência de quem perdeu o pai, passageiro de um avião alvo de atentado terrorista em 1989, Saint-Marc disse que a notícia foi recebida com um misto de sofrimento e alívio. "A confirmação da morte é um momento duríssimo, mas pelo qual temos, forçosamente, de passar."

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