Notícias do dia: falta de testes, cloroquina liberada em SP e mais de 900 mortes no Brasil

Crítica de Maia ao governo, depósito do auxílio emergencial, ameaça ao ministro Mandetta, trégua no Iêmen, aumento das mortes nos EUA e a saída de Boris Johnson da UTI também foram assuntos desta quinta-feira

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Por Redação
Atualização:

O Brasil registrou um novo recorde de mortes por coronavírus em 24 horas. O país passa por uma crise no fornecimento de testes e aguarda equipamentos da China. Diante da pandemia, o prefeito de São Paulo Bruno Covas liberou o uso da cloroquina em hospitais municipais. Prefeitos procuraram orientação formal do Planalto sobre a covid-19. E 2,5 milhões de brasileiros já receberam a primeira parcela do auxílio emergencial

Leia também sobre crítica de Rodrigo Maia as ações do governo, os inimigos do ministro Mandetta, a trégua no Iêmen, o aumento das mortes nos Estados Unidos e a saída de Boris Johnson da UTI. 

Veja abaixo a lista das principais notícias do 'Estadão' nesta quinta-feira, 9 de abril de 2020:

1. Em novo recorde, Brasil registra 141 mortes e 1.930 casos de coronavírus em 24 horas

Forças Armadas desinfetam ponto de ônibus em Belo Horizonte, em Minas Gerais Foto: Douglas Magno/ AFP

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Pelo terceiro dia consecutivo, o Brasil registrou novo recorde de mortes decorrentes do novo coronavírus em um único dia, nesta quinta-feira, 9. De ontem para hoje, foram 141 novos óbitos. No total, são pelos menos 941 pessoas foram vítimas da doença no País. A taxa de letalidade subiu mais uma vez e agora chega a 5,3%. 

Leia também: Brasil pode atingir 100 mil casos de coronavírus em duas semanas

2. Mais da metade dos 22,9 milhões de testes de coronavírus não tem data para chegar

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Não há previsão de entrega para cerca de13,7 milhões de testes Foto: Fabrizio Bensch/REUTERS

crise no fornecimento de testes para checar as contaminações pelo novo coronavírus não dá trégua. O planejamento do Ministério da Saúde (MS) conta com 22,9 milhões de testes, adquiridos ou doados, incluindo os testes moleculares, que são mais precisos no resultado, e os testes rápidos (sorológicos). Ocorre que, até agora, só há previsão de entrega para 9,183 milhões. Para as demais 13,7 milhões de unidades, o prazo é uma incógnita.

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3. Hospitais municipais de SP poderão usar cloroquina no combate ao coronavírus

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) Foto: Divulgação/Prefeitura de SP

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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), autorizou o uso da cloroquina na rede municipal de saúde para casos do novo coronavírus. Em coletiva ao lado do governador João Doria (PSDB), Covas afirmou que o medicamento poderá ser indicado se houver prescrição médica e se o paciente concordar com o tratamento. O remédio, cuja eficácia ainda não foi totalmente comprovada, passa a incluir o protocolo oficial da Secretaria Municipal de Saúde. Ele já vem sendo udado na rede estadual de São Paulo com a mesma indicação. 

4. Prefeitos procuraram orientação formal do Planalto sobre o coronavírus ao menos duas vezes

Presidente Jair Bolsonaro em pronunciamento oficial nesta quarta, 8 Foto: Reprodução

Representantes de prefeitos procuraram o Palácio do Planalto formalmente ao menos duas vezes para pedir orientações em relação a medidas de isolamento social. Ofícios divulgados pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) desmentem afirmação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) feita no pronunciamento desta quarta-feira, dia 8, segundo a qual o governo federal não foi ouvido pelos gestores de Estados e municípios.

5. Disputa de Bolsonaro com governos atrasa votação de ajuda a Estados, diz Maia

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Rodrigo Maia, durante entrevista exclusiva ao 'Estado', na residência oficial da presidência da Câmara Foto: Dida Sampaio/Estadão

presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atribuiu nesta quinta-feira, 9, o adiamento da votação do novo projeto de ajuda fiscal aos Estados à disputa política do presidente Jair Bolsonaro com governadores do Sudeste e do Sul. A equipe econômica do governo se opõe ao projeto sob o argumento de que seria uma “pauta-bomba”, com impacto de R$ 159,7 bilhões aos cofres públicos.

6. 'Eu teria cortado a cabeça dele', diz Onyx para deputado sobre Mandetta

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante entrevista coletiva; chefe da pasta defende governo Foto: Dida Sampaio/Estadão

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) defenderam a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já descartada pelo presidente Jair Bolsonaro. Em conversa divulgada pela CNN Brasil, Onyx diz que não fala com Mandetta há dois meses e que, se estivesse na cadeira do presidente Jair Bolsonaro, teria “cortado a cabeça” dele após a reunião no Palácio do Planalto na segunda, 6. 

7. Quase 2,6 milhões já receberam a primeira parcela do auxílio emergencial de R$ 600, diz Onyx

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Quase 2,6 milhões de cidadãos já receberam nesta quinta, 9, em suas contas, a primeira parcela de R$ 600 do auxílio emergencial a trabalhadores informais, disse o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, em sua conta no Twitter.

8. Conflito no Iêmen entra em trégua para país lidar com coronavírus

Enfermeiras recebem treinamento sobre como operar respiradores em Sanaa Foto: Khaled Abdullah/Reuters

 Um cessar-fogo unilateral entrou em vigor no Iêmen nesta quinta-feira, 9, decretado pela coalizão liderada pela Arábia Saudita, a fim de permitir que o país lide com a pandemia do coronavírus e tente proteger sua população. Logo em seguida, porém, os rebeldes houthis disseram que nenhuma trégua estava sendo aplicada. 

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9. EUA superam a marca dos 15 mil mortos pelo coronavírus

Equipe remove corpo de vítima da covid-19 no Brooklyn, em Nova York Foto: Stephanie Keith/Getty Images/AFP

A epidemia já deixou até hoje no país 15.774 mortos e 363.851 infectados pelos coronavírus, segundo dados atualizados da universidade, que são usados como referência nacional.

10. Boris Johnson deixa a UTI, mas segue internado em hospital de Londres

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deixa o número 10 Downing Street, no centro de Londres, em 18 de março de 2020 Foto: Tolga Akmen / AFP)

O primeiro-ministro do Reino UnidoBoris Johnson, deixou a unidade de terapia intensiva (UTI) nesta quinta-feira, 9, após três dias. Ele permanece internado no Hospital Saint Thomas, em Londres, para o tratamento da Covid-19, doença provocada pelo coronavírus (Sars-CoV-2).

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