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Nova acareação entre suspeitos da morte de Toninho do PT

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia de Campinas deverá promover, na próxima quarta-feira, uma nova acareação entre os suspeitos da morte do prefeito Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT. Segundo o delegado seccional Osmar Porcelli, eles deverão ser novamente confrontados em duplas, como na primeira acareação, há cerca de três semanas. Porcelli explicou que, nesta terça-feira, vai estudar o inquérito para que a acareação possa ser preparada. Anderson Rogério Davi, de 20 anos, foi detido no dia cinco do mês passado e confessou o crime. Ele apontou três co-autores: Flávio Mendes Claro, de 19 anos, e o menor A.S.C., de 17 anos, foram presos no dia 10 de outubro. Mendes Claro confessou a autoria do disparo que matou Toninho. Sete dias depois, o quarto acusado, delatado pelos outros três, Globerson Luiz da Silva, de 19 anos, se apresentou à polícia. Ele negou o crime, mas os investigadores conseguiram derrubar as sustentações de seu depoimento. Os maiores cumprem prisão temporária, e o menor está sob a guarda da Vara da Infância e da Juventude de Campinas. Na primeira acareação foram confrontadas três duplas. Nesta quarta-feira, outras três deverão depor. A polícia espera que surjam novas pistas para o encerramento do caso, principalmente a localização da pistola nove milímetros usada no crime. Há dez dias, a polícia encontrou uma nove milímetros que teria pertencido a Mendes Claro. Ele reconheceu a arma, mas a perícia constatou que o tiro não partiu dela. Porcelli disse, nesta segunda-feira, que a participação dos suspeitos no crime está comprovada por meio de provas. Entre elas, as duas motocicletas usadas na abordagem ao prefeito, apreendidas pela polícia. Por meio de depoimentos, disse o delegado, ficou confirmado que a Honda CG pertencia ao suspeito Globerson Luiz da Silva e foi vendida três dias depois do assassinato. Uma outra moto, Honda Titan, era usada por membros do grupo. A prefeita Izalene Tiene (PT) divulgou, nesta segunda-feira, um nota em que se disse insatisfeita com os trabalhos da polícia. Para Izalene, as acusações estão baseadas em provas circunstanciais e ainda não há confirmação dos motivos do assassinato. Porcelli alegou desconhecer o conteúdo da nota. "Gostaria que eles mencionassem na nota o nome do beneficiado pela morte do prefeito. Não sei se ele existe e quem seria", desabafou o delegado. Segundo ele, em nenhum momento das investigações houve indícios de que a morte de Toninho ocorreu por razões pessoais. "Todas as investigações nos levam a crime contra o patrimônio", alegou. Porcelli acrescentou que tem provas suficientes para encerrar o inquérito, mas prefere aguardar novas investigações sobre o paradeiro da arma.

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