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Nova mancha de poluição na Lagoa Rodrigo de Freitas

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma nova mancha de poluição apareceu ontem de manhã na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio de Janeiro. Segundo o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Luís Henrique Lima, a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) identificou material proveniente de lavagem de estrebarias da Sociedade Hípica Brasileira como causa do problema. "O pior é que a Hípica já tinha sido intimada a instalar um equipamento para tratamento de efluentes e não tomou as providências exigidas", disse o secretário. A Hípica, porém, se isentou de responsabilidade no caso. Lima ressalvou que, por volta das 16h de ontem, a Feema ainda estava fazendo o trabalho de comprovação da origem da mancha, o que incluiria uma visita de técnicos à Sociedade Hípica. O objetivo era recolher evidências materiais de que o problema partira dali. O governo estadual não procurava mais saber a causa da mancha, mas punir os responsáveis por ela. "Estamos comprovando a origem do problema para multar e obrigar a Sociedade Hípica a tomar providências para que isso não se repita", disse Lima. "E a multa deve ser grande", completou. De acordo com o secretário, hoje a mancha já deve ter desaparecido, dispersada na massa de águas. Não havia, até o fim da tarde de ontem, estimativa a respeito da quantidade de material poluente e de possíveis conseqüências imediatas sobre os peixes. Resposta - O engenheiro de manutenção da entidade, Flávio Renato Moraes Marcos, negou que o material poluente tivesse saído de lá e disse que "a Feema, até a presente data, nunca apresentou intimação alguma à Sociedade Hípica". Ele sugeriu que o governo estadual estivesse fazendo confundindo a Sociedade Hípica Brasileira e o Jóquei Clube Brasileiro, que fica próximo. Considerada um dos cartões postais da cidade, a Lagoa tem sofrido mais intensamente, nos últimos anos, os efeitos da poluição. Para combatê-la, o governo estadual está construindo à volta do espelho d?água uma galeria, para impedir que o esgoto lançado clandestinamente nas galerias pluviais (para águas das chuvas) caia na Lagoa. O Estado também quer dragar o seu fundo, para retirar o lodo que causaria problemas de oxigenação. Há séculos, ocorre, na Lagoa Rodrigo de Freitas, mortandade de peixes.

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