A proposta de criar uma nova ligação entre as cidades do Rio e de São Paulo é "bem-vinda" para o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que pediu ao vice-governador e Secretário de Obras do Estado, Luiz Fernando Pezão, que analise a viabilidade financeira da iniciativa. O governador está em Londres participando de reuniões com empresários cumprindo agenda oficial. Para Pezão, o trecho fluminense dessa estrada, que seria uma alternativa à Rodovia Presidente Dutra, não será de fácil construção. Veja também: Nova Rio-SP será viabilizada com concessão, diz Mauro Arce Cabral avaliará proposta de Serra para nova ligação Rio-SP Leilão de 5 rodovias de SP seguirá modelo do Rodoanel Em Londres, Cabral diz que Galeão parecia 'terminal de quinta' Arte/AE "São Paulo já tem uma boa parte do trecho pronta. No entanto, pelo que nós vimos da proposta paulista, o trecho fluminense não será de fácil execução, já que passa por uma área de Mata Atlântica. Mas vamos sentar, conversar e analisar a possibilidade de viabilizar a obra. Vemos com simpatia essa idéia", disse. Para ele, a melhor alternativa para a construção dessa nova rodovia seria estabelecer uma parceria Público-Privada. Pezão deverá se encontrar na sexta-feira com o secretário de Transportes de São Paulo, Mauro Arce, mas já adianta que o Estado tem prioridades que já estão sendo pleiteadas junto ao governo federal. Uma delas é a duplicação da Serra das Araras, uma pista de 50 anos apontada como de grande risco na rodovia. "Temos também projetos para desafogar a rodovia, criando novas entradas para o Rio, como a extensão da Via Light até a Avenida Brasil (acesso à cidade) e Madureira (bairro da zona norte)", informou. Apesar do interesse fluminense na nova rodovia, Pezão afirmou que os estudos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre o trem-bala ligando o Rio a São Paulo estão adiantados e que possivelmente a licitação seja feita já no início do ano que vem. "É inadmissível pensar na ligação entre as duas principais cidades brasileiras, dentro de cinco a oito anos, sem a alternativa ferroviária".