Novais reconhece ''erro'' e diz que fará auditoria em contas

Em nota, ele admite pagamento a motel, mas alega que hospedagem era de assessores e nota foi incluída indevidamente

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Por Redação
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Em nota enviada ontem à noite ao Estado, o deputado Pedro Novais (PMDB-MA) reconheceu o pagamento de um motel com o dinheiro da Câmara. Ele alegou que foi um erro. "O erro será corrigido", disse. Segundo ele, o dinheiro foi usado para hospedagem de assessores e aliados políticos em São Luís. "Alertado pelo jornal O Estado de São Paulo, o deputado pediu uma auditoria nessas prestações de contas. Foi descoberta a inclusão indevida de uma nota fiscal de hospedagem do Hotel Pousada Caribe (Motel Caribe)", diz a nota.Ontem, a reportagem questionou, pessoalmente, por duas vezes, o parlamentar no corredor de seu gabinete. Ele disse que não falaria sobre as despesas lançadas em nome do Motel Caribe. "Pare de encher o saco. Faça o que você quiser", disse. Logo na manhã de ontem, a reportagem esteve em seu gabinete, no oitavo andar do Anexo IV, mas foi expulsa do local por assessores do deputado. O Estado então o aguardou do lado de fora. Pedro Novais recebeu a visita do senador Hélio Costa (PMDB-MG). Na despedida, o deputado levou Costa até o elevador do oitavo andar. O Estado então abordou Pedro Novais e perguntou se ele poderia esclarecer as despesas. Foi quando disse ao repórter para parar de "encher o saco". Questionado mais uma vez, ele afirmou: "Pergunte o que você quiser". Logo após conversar com o Estado, o deputado Pedro Novais mobilizou a cúpula do PMDB para ajudá-lo a encontrar uma versão para o episódio. O parlamentar procurou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves RN). Assessores da liderança do PMDB e de empresas de comunicação foram acionadas para auxiliar o futuro ministro. Até integrantes do governo de transição foram informados. A preocupação era a falta de experiência de Pedro Novais na relação com a imprensa e episódios delicados como esse da verba usada no motel. Somente no fim da tarde de ontem o deputado começou a dar sinais de que apresentaria uma versão. Foi quando seu chefe de gabinete, Flávio Nóbrega, encaminhou uma nota de três linhas em que Novais teve de reconhecer o pagamento do motel .

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