Novas pistas ligam quadrilha a caso Celso Daniel

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Por Agencia Estado
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O polícia fecha cada vez mais o cerco na busca de provas contra a quadrilha suspeita de ter seqüestrado e assassinado o prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT). O Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic) ouviu das namoradas de dois suspeitos, Itamar Messias Silva dos Santos e Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho, que os dois afirmaram terem feito o seqüestro do prefeito e que iam fugir. Para completar, o Instituto de Identificação Ricardo Gumblenton Daunt (IIRGD) analisou as digitais encontradas na Pajero do empresário Sérgio Gomes da Silva - em que Celso Daniel estava na hora do seqüestro - e confirmou que três delas são de Itamar. Na noite de sexta-feira, em diversas diligências, os policiais da equipe do delegado Edson De Santi, do Deic, conseguiram uma foto de Bozinho - a única do bando que faltava - além de outra mais recente do suposto chefe da quadrilha, Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro, fugitivo da Penitenciária de Sorocaba desde novembro de 1999. Além de Itamar, Monstro e Bozinho, a polícia procura Juscelino da Costa Barros, o Cara de Gato, e Mauro Sérgio Santos de Souza, o Serginho. O irmão de Bozinho, Andrelison dos Santos Oliveira, o André Cara Seca, que também integra o bando, foi preso na terça-feira pela Polícia Federal, na Bahia. Ele também indicou o irmão como um dos que participaram do crime. Fotos - Ontem a Secretaria da Segurança Pública divulgou as fotos do circuito interno de TV do restaurante Rubayat, onde o prefeito jantou antes de ser seqüestrado, dia 18 de janeiro. As imagens - pouco nítidas - indicam que Celso Daniel usava uma calça clara semelhante à que vestia quando foi encontrado morto, dois dias depois, numa estrada de terra, em Juquitiba, na Grande São Paulo. A prova coloca um ponto final na discussão sobre a roupa usada pelo prefeito. Silva disse à polícia que Celso Daniel vestia uma calça bege. Os peritos do Instituto de Criminalística (IC) voltaram ao restaurante e colocaram a calça que o prefeito usava quando foi localizado no mesmo local em que ele foi filmado, próximo de um bufê. O IC não pode afirmar se a calça era a mesma, pois não foi possível uma análise detalhada da peça filmada no restaurante. O laudo dos peritos concluiu que a calça é "semelhante". Durante a próxima semana, a Secretaria da Segurança vai divulgar os 23 laudos feitos pelo IC. Entre eles, está o que vai apontar que a tinta encontrada na Pajero possui compatibilidade com a Blazer verde apreendida. Os bandidos utilizaram o carro para bater na Pajero e obrigar Silva a parar o carro. O IC ainda não concluiu todos os laudos. Faltam o da reconstituição do crime e dos exames microquímicos em porções de terra que podem provar que Celso Daniel foi levado para um cativeiro na Favela Pantanal, na zona sul.

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