Novo assalto a carro-forte pode estar ligado a homem das FARC

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O assalto a mais um carro-forte no Rio, nesta terça-feira de manhã, pode estar ligado ao plano de resgate do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, investigado pela Subsecretaria de Inteligência (SSI) da Secretaria de Segurança Pública. Entre 15 e 20 homens armados de fuzis levaram um malote de R$ 65 mil da empresa Brinks e atiraram nos vigilantes. Cinco pessoas ficaram feridas. O modo como eles agiram foi semelhante ao da quadrilha que, armada de fuzis e granadas, roubou R$ 1 milhão de dois carros-fortes da Protege, no Sul do Estado, no início deste mês. Alerta O caso deixou em alerta a SSI, que procura um guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), supostamente escondido numa favela da zona norte do Rio, a fim de angariar recursos (cerca de R$ 2 milhões) e pessoal para tirar Beira-Mar da cadeia. Como ocorreu no Sul do Estado, o assalto desta terça, na zona norte do Rio, foi praticado por homens fortemente armados. Eles surpreenderam um dos vigilantes na calçada da Rua Lino Teixeira, quando ele levava um malote do carro-forte para a agência da Caixa Econômica Federal. Tiroteio Houve tiroteio. Três vigilantes foram levados para o Hospital Salgado Filho, no Méier, um deles em estado grave. Uma funcionária da CEF e um dos bandidos também foram atingidos por disparos e estão em observação. A polícia fez operação na Favela do Jacaré, próximo ao local, em busca do grupo. Seis suspeitos foram detidos. O delegado Alcides Iantorno de Jesus, da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), disse que o número de roubos a carros-fortes cresceu muito em outubro e novembro. Em três anos e meio, houve três ou quatro casos; somente em outubro e novembro, foram quatro ocorrências. A SSI está analisando se os assaltos que rendem aos bandidos grande volume de dinheiro, como a carros-fortes e bancos, estão relacionados com o plano para resgatar Beira-Mar. ?Estamos levantando as características para ver se foram praticados pela mesma quadrilha?, disse o major Robson Rodrigues, do SSI. O órgão recebeu a informação sobre a suposta presença do colombiano desde o fim de outubro e, por isso, transferiu Beira-Mar. O colombiano teria, supostamente, treinamento para fazer resgates. O serviço de inteligência da Polícia Federal vai solicitar ao SSI informações sobre o caso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.