24 de maio de 2011 | 00h00
Dilma foi ministra da Casa Civil no governo Lula, substituindo José Dirceu, que caiu no escândalo do mensalão em 2005. Nas conversas com aliados, Lula ressaltou que, agora, a Casa Civil adotou um perfil político com a entrada de Palocci. No governo Dilma, o ministro da Casa Civil perdeu atribuições administrativas, como o comando do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), licitações, auditorias sobre o uso de recursos federais, e o programa Minha Casa, Minha Vida.
O objetivo era livrar Palocci dessas tarefas para dedicar-se exclusivamente ao assessoramento político da Presidência. Agora, o bombardeio contra ele atinge justamente o centro político do governo, num contexto em que não há margem para a Casa Civil - no caso, o próprio Palocci - reagir com uma postura administrativa, como Dilma fez ao substituir Dirceu. Ou seja, no atual cenário, não haveria resposta que não fosse a política, a não ser que Dilma esteja disposta a repetir o comportamento dela própria no pós-mensalão. Lula deu o primeiro telefonema a Palocci no domingo da semana passada, no dia da revelação de que o ministro comprou um imóvel de R$ 6,6 milhões com dinheiro da sua empresa de consultoria, a Projeto. De lá para cá, conversa com o ministro diariamente.
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