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''''O Ministério Público não pode só ficar visitando cadeia''''

Por Carlos Mendes
Atualização:

O promotor de Abaetetuba, Lauro Freitas Junior, defende o papel do Ministério Público e da Justiça no caso de L. Garante que não teve conhecimento imediato da situação - e muito menos a juíza local, Clarisse Silva Andrade. Segundo ele, a fiscalização nas delegacias é feita em períodos de 30 dias, porque tem outras atribuições. "O MP não pode só ficar visitando cadeia." O senhor soube, em 21 de outubro, da situação de L.? Não, pelo contrário. Quando tomei conhecimento, muito tempo depois, no dia 14 de novembro, tratei para que ela fosse retirada de lá. Nesse dia, o conselho tutelar foi à delegacia, me comunicou o fato e eu entrei em contato com o superintendente da Polícia Civil (Fernando Cunha) para que fosse feita a liberação. O delegado Celso Viana (afastado) informou que a menina não foi liberada. Fugiu da delegacia. Isso é a versão deles . Na versão dela, ela foi liberada e colocada dentro de um carro pela própria Polícia Civil para que sumisse de Abaetetuba. O que o senhor fez? Minha preocupação, naquele momento, era que ela saísse imediatamente da delegacia. E de fato saiu. É curioso que agora eles (policiais) queiram inverter a ordem dos fatores de fiscalização. O MP é quem faz isso. Como e quando são feitas as visitas do MP às delegacias? Nossa visita de outubro foi feita no dia 17. L. foi presa no dia 21. Por que o período entre as visitas não é mais curto? É aquela história: não podemos fazer visita toda semana por causa da questão da segurança. O Ministério Público tem outras atribuições e não pode só ficar visitando cadeia.

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