OAB diz que Estado não acompanha sofisticação do crime

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Seccional Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Carlos Miguel Aidar, afirmou neste domingo que "as autoridades públicas estaduais não estão conseguindo acompanhar o crescimento e a sofisticação do crime organizado, propiciando a criação de uma lacuna perigosa, pela qual a violência criminosa pode se sobrepor ao Estado", em nota distribuída à imprensa na qual avaliou as implicações do assassinato do juiz-corregedor Antônio José Machado Dias, ocorrido na semana passada. Aidar defendeu a adoção de novos instrumentos pelo poder público e apuração rápida e punição exemplar para os executores e colaboradores do crime. Aidar citou ainda a transferência do traficante Fernandinho Beira-Mar para o presídio de Presidente Bernardes (SP), que, segundo ele, "expôs São Paulo a uma nova realidade do crime organizado no Brasil, impactando a sociedade, que vive insegura e temerosa". O residente da OAB-SP defendeu a prisão de criminosos de alta periculosidade em presídios federais, "sob regime disciplinar, capaz de evitar que continuem, mesmo de dentro das prisões, a comandar ações criminosas, seja contra a sociedade, as autoridades ou bandos rivais". Para enfrentar a crise vivida pela segurança pública, o presidente da OAB-SP defendeu ainda que se invista no policiamento preventivo e na busca por uma gestão integrada das polícias militar e civil, além da melhoria do treinamento e dos salários dos policiais. Veja o especial:

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