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Obra evita desabastecimento em Americana

Por Agencia Estado
Atualização:

O Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Americana, a 140 quilômetros de São Paulo, concluiu hoje a construção de um enrocamento para aumentar o nível da água no Rio Piracicaba e normalizar a captação para o abastecimento da cidade. As obras foram autorizadas há dez dias pela Agência Nacional de Águas (ANA) e tiveram início na última quinta-feira. De acordo com o supervisor do DAE, Carlos César Zápia, o enrocamento foi necessário porque o nível do rio estava abaixo das bombas de captação. Ele alegou que, se não tivesse chovido há duas semanas, Americana já teria enfrentado problemas no abastecimento. As bombas permaneceram paralisadas dois dias antes das chuvas, conforme Zápia, porque não conseguiam fazer a captação. "As chuvas foram um alívio, sem elas Americana estaria completamente sem água", disse. Nas últimas semanas, o Piracicaba atingiu o nível de 5,55 metros, o menor nos últimos 65 anos. O mais baixo registrado anteriormente nesse período era de 5,6 metros, em 1969. "O drama foi menor na época porque a população também era bem menor", avaliou Zápia. As bombas estão situadas a 5,7 metros. Com as obras, o DAE espera aumentar em média 20 centímetros do nível do rio para normalizar a captação. Zápia enfatizou que Americana não irá barrar a água nem aumentar a quantidade captada. "Apenas aumentamos o nível do rio para que não haja o colapso", disse o supervisor. Segundo ele são captados do Piracicaba 800 litros de água por segundo para abastecer a cidade, de 190 mil habitantes. O enrocamento, de 56 metros de comprimento e três de largura, utilizou 200 metros cúbicos de pedras. Ele permanecerá no local por um ano, segundo instruções da ANA. Até lá, Americana terá de ter resolvido o problema da altura das bombas. Paulínia Quase todos os moradores de Paulínia, com 50 mil habitantes, acordaram sem água hoje. A captação foi interrompida durante seis horas ontem, entre 16 e 22 horas, para a limpeza dos reservatório, devido ao baixo nível do Rio Jaguari e ao acúmulo de sujeira na água. O aumento do consumo de água na cidade, de 170 para 200 litros por segundo, tornou o problema ainda maior. Para tentar superá-lo, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) adotou um rodízio emergencial durante o dia de hoje, alternando o abastecimento entre as partes alta e baixa de Paulínia, a partir das 10 horas. A expectativa é de que o abastecimento esteja normalizado até o final da noite.

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