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Obras em Congonhas preocupam moradores de Moema

Temor é que horário das 0h30 às 5h30 continue valendo depois do fim das obras

Por Agencia Estado
Atualização:

Desde às 5 horas desta terça-feira, 27, a pista auxiliar do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, está bloqueada para o início das reformas. Por causa das obras, o aeroporto vai abrir uma hora mais cedo, às 5h30, e fechar uma hora mais tarde, às 0h30. Lívia Horta, presidente da Associação dos Moradores e Amigos de Moema, comentou a mudança à Rádio Eldorado: "Temos medo que eles transformem em definitivo uma coisa que eles dizem ser provisória". Caso isso aconteça, segundo ela, a associação vai procurar o Ministério Público. A pista vai ficar fechada por pelo menos 60 dias, mas a obra, que tem custo estimado em R$ 11 milhões, pode ser estendida por até 120 dias. Segundo Lívia, os moradores sofrem com o horário de funcionamento do aeroporto. "Tem vôos as duas, três, quatro da madrugada. É impossível alguém conciliar um sono picado, de uma em uma hora." Porém, a noite antes do início das obras surpreendeu. "Ficou silêncio depois da uma da madrugada, até mais ou menos 6h10, uma coisa que estou até espantada, mas sei que é apenas uma trégua, gostaríamos que ficasse assim", afirmou. Os moradores de Moema reivindicam que o horário cumpra o lei do silêncio. Com isso, as operações seriam suspensas às 22 horas e só poderiam voltar às 6 horas. "O ideal seria isso, obedecer a lei do silêncio, nos concedendo oito horas de sono". Tranqüilidade Apesar do início das obras em Congonhas, o aeroporto registrou movimento tranqüilo na manhã desta terça-feira. Questionado se o fato surpreende, Edgard Brandão Júnior, superintendente da regional Sudeste da Infraero, conta que não. "Na realidade, a quantidade de operações na pista auxiliar, em questão de números, não é representativa. A transferência de vôos charter para Guarulhos vai ajudar bastante, assim como a limitação de taxi aéreo". Enquanto isso, o vice-presidente executivo da Associação Brasileira da Aviação Geral, Adalberto Seveliano, diz que com o início das obras, empresas de taxi aéreo e donos de aviões particulares vão ter prejuízos. "As empresas de taxi aéreo perdem uma parte do faturamento e para os donos de aeronaves que ficam tolhidos da capacidade de movimentação". Com o inicio das obras, o que muda consideravelmente é a capacidade do aeroporto. "Vamos poder fazer menos operações ao longo do dia. Eram 170 e agora cai para 101", contabiliza. Os vôos foram transferidos para outros aeroportos ou, simplesmente, cancelados.

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