
26 de janeiro de 2012 | 09h16
Atualizado às 12h10
SÃO PAULO - Apesar de ainda ser cedo para avaliar, as autoridades do Rio trabalham com a hipótese de dano estrutural em um dos três prédios que desabaram no centro carioca na noite de quarta-feira. O comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Sérgio Simões, disse nesta manhã que "tudo leva a pensar que, na obra que estava sendo realizada (no edifício Liberdade), alguma estrutura importante do prédio foi danificada".
De acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), as obras realizadas no 3º e 9º andares do Edifício Liberdade, de 20 andares, eram ilegais por não terem autorização do conselho. O engenheiro civil Antônio Eulálio Pedrosa Araújo, consultor do Crea, descartou a explosão de gás como causa do desabamento e apontou três possíveis motivos para a tragédia.
"O primeiro e mais provável é que a obra tenha provocado uma alteração estrutural com a retirada, por exemplo, de uma viga. A segunda hipótese seria a corrosão ou infiltração da laje da cobertura. A terceira seria o excesso de peso do material de construção utilizado na obra", afirmou Araújo.
Em entrevista ao telejornal Bom Dia Brasil, o prefeito carioca Eduardo Paes disse coisa semelhante. "Aparentemente não foi uma explosão, o desabamento pode ter acontecido por um dano estrutural em um dos prédios. Acredito que não tenha sido vazamento de gás". Mas ressaltou que, por ora, essa não é a urgência. "A prioridade agora é o trabalho dos bombeiros em procurar as vítimas", disse.
Interdições. Os prédios do quarteirão compreendido entre as Avenidas 13 de Maio e Almirante Barroso, a Rua Senador Dantas e a Travessa dos Poetas de Calçada foram interditados nesta manhã pela Defesa Civil. Todas as pessoas que estavam nesses edifícios estão sendo retiradas. O quarteirão fica em frente local do desabamento.
As ruas do entorno estão repletas de pessoas que trabalham nesses locais e chegaram a entrar em suas lojas e salas comerciais. / COM SOLANGE SPIGLIATTI, MARIANA DURÃO e PEDRO DANTAS
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