Obras no Tietê começam amanhã

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Por Agencia Estado
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A segunda etapa das obras de aprofundamento, alargamento e aumento da declividade da calha do Rio Tietê começa amanhã. Segundo o superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), Ricardo Daruiz Borsai, as obras serão realizadas num trecho de 24,5 quilômetros até a Penha, na zona leste da capital. Borsai disse hoje à Rádio Eldorado AM/SP, que a obra também prevê um projeto paisagístico para as margens do rio. "Tornará a passagem pela Marginal (do Tietê) muito mais agradável", garantiu ele. A Rádio Eldorado AM/SP lidera desde 1990 a campanha pela despoluição do Rio Tietê e conseguiu um abaixo-assinado - que reuniu 1,2 milhão de assinaturas - que reivindicava um projeto neste sentido. O superintendente do DAEE afirmou que após a conclusão das obras deve ocorrer um aumento "significativo" na capacidade de vazão do Tietê. Na foz, junto ao Rio Aricanduva, na zona leste, a estimativa é de que a capacidade de vazão do Tietê passe de 210 metros cúbicos por segundo para 560 metros cúbicos por segundo. Na altura do Cebolão, na zona oeste, a previsão é que o número aumente de 640 para 1.048 metros cúbicos por segundo. "Com essa melhoria se pretende estabelecer uma condição em que o Rio Tietê - as enchentes ou os estravazamentos do Tietê - vão ser eliminados", previu. Ricardo Borsai explicou como o plano de macrodrenagem desenvolvido pelo Estado entre as bacias dos Rios Tamanduateí e Pirajuçara e o programa de construção de piscinões, integrados às obras no Tietê, evitarão as enchentes. "A função destas estruturas é reter nas sub-bacias os volumes importantes das cheias para que elas não cheguem ao Rio Tietê com a velocidade que costumeiramente elas chegam hoje", descreveu. Ele disse que já existem seis piscinões na bacia do Tamanduateí e seis entrarão em operação este ano na bacia do Pirajuçara. "Teremos a condição de reter o volume das cheias nas sub-bacias que vão demorar mais tempo para chegar numa vazão bem menor na calha do Tietê e, com isso, a vida útil da obra que amanhã iremos iniciar vai se prolongar durante um bom tempo", destacou o superintendente do DAEE.

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