Oficiais de Justiça e o promotor Fábio Ribeiro, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado, foram impedidos por seguranças de entrar nesta segunda-feira à noite no plenário da Assembléia Legislativa do Espírito Santo. Houve confusão, troca de agressões e a sessão foi encerrada. Eles levavam a decisão do desembargador Amin Abiguenem, do Tribunal de Justiça, que manteve o afastamento de cinco deputados eleitos, acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de envolvimento em um escândalo de compra de votos no Estado. O deputado Geovani Silva (PTB) foi eleito nesta segunda o novo presidente da Assembléia Legislativa, por 19 votos a 11, derrotando o petista Cláudio Vereza. Silva, ex-jogador de futebol, se recusou a assinar a ordem judicial com a decisão de afastamento dos deputados. De acordo com o MPF, os deputados Sérgio Borges, Gilson Gomes, Gilson Amaro, Marcos Gazzani e José Tasso receberam R$ 30 mil para votar a favor da reeleição do ex-presidente da Assembléia Legislativa, José Carlos Gratz (PFL), em 2000. O pedido de afastamento foi feito ao Tribunal de Justiça pelo Ministério Público Estadual, após sugestão do MPF, alegando ato de improbidade administrativa.