A prefeitura de Olinda decidiu reforçar a vigilância para coibir uma das práticas mais criticadas por turistas e moradores da cidade no carnaval: o beijo forçado. A decisão foi tomada depois de anos de reclamações e até queixas policiais e seguiu recomendação do promotor André Barbosa de Menezes, do Ministério Público de Pernambuco. ?No ano passado, minha sobrinha foi agarrada à força por quatro rapazes que só a soltaram depois que ela aceitou beijar os quatro?, contou o advogado Caio Serafim. Ele disse que prefere sair da cidade no carnaval. Segundo a prefeita de Olinda, Luciana Santos (PC do B), o número de policiais será reforçado no carnaval, graças a um convênio com a Polícia Militar. Os policiais receberão orientação específica para coibir o beijo forçado, atos onsiderados ?libidinosos? e outros excessos. O Ministério Público também recomendou medidas para reforçar a preservação de imóveis tombados e ordenar o trânsito. Mas o que incomoda mesmo os moradores do centro histórico são abusos de foliões. Uma das principais queixas é quanto à prática de sexo nos becos e ladeiras, além do uso de drogas. ?Ninguém agüenta mais. Há três anos fecho a casa e só volto quando a folia termina. Gosto de carnaval, mas não dá para confundir festa com bacanal. Há cinco anos, peguei dois casais fazendo sexo no meu quintal?, contou Caio Serafim.