Cerca de 100 pessoas participaram hoje de uma manifestação pacífica em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, pedindo mais segurança e atenção para a zona sul. O grupo, coordenado por Luiz Carlos dos Santos, da ONG "Instituto Sol" e do Movimento Tome uma atitude Zona Sul pela Não Violência", fez um enterro simbólico diante do Palácio. Eles também apresentaram os números da violência na região sul da capital: em 2001, segundo Santos, foram assassinados 620 jovens, entre 12 e 15 anos. E entregaram uma série de propostas. O protesto, com faixas e cartazes, exigia do governo paulista maior atenção para os bairros da Capela do Socorro, Parelheiros e Grajaú. Os manifestantes criticaram, além da política de segurança dos governos municipal e estadual, a atenção exagerada ao que chamaram de "crime da moda", o seqüestro. A cada dois meses, segundo Santos, o Movimento faz manifestações semelhantes à de hoje, para tentar sensibilizar as autoridades. Entre os locais escolhidos para os protestos, sempre pacíficos, estão a Assembléia Legislativa, a Câmara Municipal e a sede da prefeitura. O grupo queria uma audiência com o governador Geraldo Alckmin. Alguns líderes foram recebidos pelo secretário da Casa Civil, Rubens Lara, que prometeu encaminhar ao governador as propostas entregues.