Um ônibus foi incendiado na tarde desta terça-feira por quatro homens no Jardim Gláucia, em Vilar dos Teles, na Baixada Fluminense. O ônibus da Viação Flores foi interceptado por um grupo de criminosos na Avenida Automóvel Clube, mas os passageiros puderam deixar o veículo e não houve feridos. A polícia não confirmou se a queima do ônibus está relacionada à onda de ataques que tomou conta do estado desde quinta-feira. Prisões Dois suspeitos de participarem de ataques a ônibus na Grande Vitória foram presos nesta terça-feira, em uma operação que reuniu 22 policiais do serviço de inteligência do 7.ªº BPM (Cariacica) e da Diretoria de Inteligência da Polícia Militar. Outro suspeito reagiu e morreu em troca de tiros. Quatro ônibus foram queimados na Grande Vitória desde sexta-feira. Adriano Basílio Cardoso, Gleydsthon Bernardo Herpes, ambos de 20 anos, e José Eduardo Barcelos de Assis, o Dudu, de 22 anos, já eram investigados pelos militares por tráfico de drogas. O nome deles surgiu nas apurações sobre os ataques a ônibus. A operação para prendê-los teve início a 1 hora desta terça. Cardoso e Herpes foram presos em casa. Segundo a assessoria de imprensa da PM, Cardoso confessou ter sido convocado para a queima de um dos veículos. Dudu reagiu à prisão e morreu no Hospital Antônio Bezerra de Farias, em Vila Velha. Na casa dele foram encontrados um fuzil 762 e uma submetralhadora 9mm importada, com um carregador. Segundo a polícia, essas armas eram alugadas a outros criminosos. Resultados A avaliação da Secretaria de Segurança do Estado é de que o trabalho conjunto entre as autoridades estaduais e a superintendência da Polícia Federal local deu resultado no combate aos criminosos que, entre sexta-feira e domingo, queimaram os ônibus em Cariacica (dois veículos), Serra e São Pedro, em Vitória. Depois da primeira queima de ônibus, na madrugada de sexta-feira, os setores de inteligência das polícias federal e estadual trabalharam juntos e detectaram que a ordem para os atentados partiram de dentro dos presídios. A partir de monitoramentos telefônicos, foi possível repassar informações às polícias que ontem conseguiram chegar a três dos envolvidos nestes atos. Em um outro trabalho integrado, a Secretaria de Estado de Justiça, na própria sexta-feira, entendeu-se com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça e com o Poder Judiciário local para transferir os presos mais perigosos para o presídio federal de Catanduva (PR). No sábado de manhã, menos de 24 horas depois, quinze dos mais perigosos presidiários foram transferidos em um avião da Força Aérea Brasileira.