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Ônibus são atacados na zona norte de São Paulo

PCC havia ordenado o fim das rebeliões nos presídios do Estado e a suspensão dos atentados

Por Agencia Estado
Atualização:

No dia seguinte ao acordo entre o governo paulista e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que acabou com as rebeliões e ataques que desde sexta-feira atingiam o Estado, um ônibus foi incendiado e outro foi depredado nesta tarde na zona norte de São Paulo. Por volta das 16h30 desta terça-feira, 16, o veículo que fazia a linha 1772 - Metrô Tucuruvi/Jd. Filho da Terra foi queimado na Rua Filho da Terra, 200, na região da Vila Maria, na zona norte de São Paulo. Ninguém ficou ferido. Duas equipes do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para o local e outras da polícia procuram suspeitos de terem ateado fogo ao veículo. Também na zona norte, a Polícia Militar prendeu dois homens suspeitos de depredarem um ônibus na Rua Antonelo da Messina, por volta das 15h30. De acordo com informações do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), ninguém ficou ferido. Onda de violência Ontem, o PCC ordenou o fim das rebeliões nos presídios do Estado e a suspensão dos atentados a quartéis, delegacias policiais, fóruns, agências bancárias e estações do metrô, que deixaram 96 mortos e 63 ônibus queimados em todo o Estado. A ordem foi dada após uma longa conversa entre o líder da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, três representantes do governo - um coronel da PM, um delegado e um corregedor - e uma advogada. A Secretaria da Administração Penitenciária nega o acordo, confirmado à reportagem do Grupo Estado por duas fontes do governo. Os ataques e as rebeliões foram deflagrados pelo PCC depois que as autoridades transferiram cerca de 760 presos ligados à organização criminosa para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Alguns dos líderes da facção foram levados para a carceragem do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em São Paulo, na noite de sexta-feira para prestarem depoimento. A transferência foi feita justamente porque o governo estadual descobriu que o PCC planejava uma megarrebelião para o final de semana, aproveitando o Dia das Mães. Este texto foi corrigido às 17h30, para retirada de informação incorreta passada pela Polícia Militar sobre o segundo ônibus ter sido incendiado

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