Operação contra fraude do leite prende três no Rio Grande do Sul

Detidos são suspeitos de adicionar soda cáustica, sal, bicarbonato e ureia ao produto; para juíza, trata-se de 'envenenamento em massa'

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Por Elder Ogliari
Atualização:

PORTO ALEGRE - As promotorias de Justiça Especializada Criminal e de Defesa do Consumidor cumpriram nesta quarta-feira, 10, três mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça contra Luís Vincenzi, seu filho Leandro Vincenzi e a nora Daiane Ampese Vincenzi, suspeitos de participação em um dos esquemas de adulteração de leite descobertos no Rio Grande do Sul desde maio de 2013. 

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Em uma das investigações do ano passado, o Ministério Público já havia denunciado Leandro Vincenzi e Luís Vincenzi pela adição de soda cáustica, sal, bicarbonato de sódio e ureia contendo formaldeído ao leite que a LTV Indústria, Transporte e Comércio de Laticinios Ltda, da qual eram sócios, transportava. 

Leandro foi preso em maio e solto em dezembro, por decisão da Justiça.

As promotorias continuaram investigando o caso e descobriram que a empresa, mesmo depois de passar algum tempo interditada pelo Ministério da Agricultura, voltou a praticar fraudes, com participação de Daiane Vincenzi no período em que o marido dela, Leandro, esteve preso. 

Transcrito parcialmente em nota distribuída pelo Ministério Público, o despacho da juíza da Comarca de Teutônia, Patrícia Stelmar Netto, afirma que "se trata de um envenenamento em massa, beirando ao genocídio, contra os consumidores de leite e seus derivados, um crime hediondo, com consequências graves e sérias à população".

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