
11 de fevereiro de 2011 | 12h18
SÃO PAULO - Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal prendeu 28 suspeitos durante a Operação Guilhotina, deflagrada para prender delegados, policiais civis e militares suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas, armas e munições, milícias e venda de informações policiais. Foram expedidos pela Justiça 45 mandados de prisão preventiva - sendo 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares - e 48 mandados de busca e apreensão.
Veja também:
Quatro PMs são presos vendendo armas e drogas a traficante no Rio
Delegado procurado em operação da PF vai ser exonerado da prefeitura do Rio
Um dos procurados pela PF é o delegado Carlos de Oliveira, subsecretário de Operações da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop). Durante a manhã, a Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou uma nota informando que irá exonerar o delegado. Oliveira foi nomeado subsecretário da pasta em janeiro. A Prefeitura afirmou ainda que irá acompanhar as investigações da Operação Guilhotina.
A Secretaria de Segurança e o Ministério Público do Rio de Janeiro trabalham em conjunto com a PF na ação, que contou com o suporte de 380 policiais federais, 200 homens das forças estaduais, dois helicópteros e duas lanchas. O inquérito da operação será relatado em dez dias, quando será oferecida denúncia formal contra os suspeitos.
Segundo a PF, a operação começou em dezembro, após o vazamento de informações em uma ação conduzida pela Delegacia de Polícia Federal de Macaé para prender um traficante que atuava na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. A Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança do Rio e a Superintendência da Polícia Federal passaram a investigar o vazamento de informações na Operação Guilhotina.
Além de envolvimento com o tráfico de drogas, armas e munições, milícias e venda de informações policiais, o grupo é suspeito de repassar aos criminosos armas e munições apreendidas em operações contra o crime organizado, realimentando a atividade criminosa de grupos de traficantes que atuam no Rio de Janeiro.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.