Operação desarticula quadrilha de jogo do bicho no Rio de Janeiro

Foram cumpridos 18 dos 24 mandados de prisão; sete policiais envolvidos no esquema foram presos e outros dois são procurados

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Por Redação
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Atualizada às 15h

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SÃO PAULO - A Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (Seseg) realiza desde o começo da manhã desta quarta-feira, 29, a Operação Catedral, destinada a prender uma quadrilha que domina o jogo do bicho em três regiões da capital carioca: Central do Brasil, partes do centro e no bairro de São Cristóvão. Até as 15h05, 18 dos 24 mandados de prisão haviam sido cumpridos, incluindo o de sete policiais civis e militares. Outros dois policiais estão na lista dos procurados.

A Seseg informou que outros 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, resultando no recolhimento de quatro pistolas, joias, relógios, talonário para a realização de apostas e dinheiro em espécie, cujo montante está sendo levantado. Policiais civis e militares estão nas ruas em busca dos demais envolvidos no esquema, que se mantinha graças ao pagamento de R$ 30 mil mensais de propina a policiais.

Entre os 24 procurados na operação estão o contraventor do jogo do bicho Evandro Machado dos Santos (conhecido como "Bedeu"); seu filho, Alessandro Ferreira dos Santos; o capitão chefe do Serviço Reservado (P2) do 5º Batalhão da Polícia Militar; o chefe do Setor de Investigações da 4ª Delegacia Policial; e dois sargentos da PM que são supervisores de graduados da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência.

A Operação Catedral, segundo a Secretaria de Segurança, é resultado de sete meses de investigação e conta com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE), da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público, das corregedorias das Polícias Civil e Militar e da Corregedoria Geral Unificada (CGU) da Seseg.

Entre os locais que sofrerão busca e apreensão está a Central de Apuração de Resultados do Jogo do Bicho, que fica na Rua Senador Dantas, no centro do Rio. De acordo com a secretaria, os presos foram indiciados e denunciados por exploração do jogo do bicho, formação de quadrilha armada, corrupção ativa e passiva e violação de sigilo funcional.

Funcionando como uma empresa, nas palavras da Seseg, a organização tinha divisões financeira e administrativa, além de assessoria jurídica externa. O faturamento mensal girava em torno de R$ 170 mil.

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Ao longo da investigação, outros 25 membros da organização criminosa foram detidos, por atuar como anotadores e apontadores de apostas (conhecidos como "aranhas").

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