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"Operação-padrão" atrasa 13 vôos no Aeroporto de Cumbica

Controladores de vôo chegam a atrasar de 30 a 40 minutos a liberação dos vôos

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 13 vôos estavam atrasados às 8h30 desta terça-feira, 31, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O atraso nos vôos em Cumbica é reflexo da operação-padrão dos controladores de vôo de Brasília. A equipe de cerca de 60 operadores de Brasília está desfalcada de oito profissionais, afastados desde a queda do Boeing da Gol em 29 de setembro. Os passageiros chegam a aguardar entre 30 e 40 minutos até que a torre de controle libere a partida. Os vôos decolam com até três horas de atraso. Na operação, ficam coibidos pousos e decolagens com pouco intervalo ou até proibida a decolagem em uma situação limite. Segundo a Infraero, os atrasos em Cumbica afetam principalmente vôos da TAM. Um deles que saiu de Belém, tinha previsão de chegada à 1h40, e outro, de Salvador, deveria ter chegado às 2h30. Um vôo para Recife, que deveria sair às 22h30 desta segunda-feira, 30, ainda não decolou. Nesta manhã, o saguão do aeroporto tem movimentação tranqüila, de acordo com a Infraero, pois os passageiros já estão nas salas de embarque, que estão lotadas, mas não há tumulto. Segundo a Infraero, sete vôos que deveriam chegar a Cumbica nesta terça foram cancelados, a maioria da empresa aérea BRA, e quatro vôos que partiriam no decorrer do dia também foram cancelados. Aposentados Para reduzir os transtornos causados pela operação-padrão dos controladores de vôo de Brasília, o governo federal cogita convocar militares da Aeronáutica que já foram para a reserva para trabalharem nos centros de controle do espaço aéreo, em particular na região do Cindacta-1. A proposta começou a ser debatida nesta segunda, no final da tarde, pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Aeronáutica e da Infraero. O governo avalia que essa é a forma mais rápida de solucionar os transtornos da falta de pessoal. Os militares da reserva precisariam de menos tempo de treinamento que novos contratados para os cargos. A estimativa é que poderia variar entre uma semana a um mês de treinamento, dependendo do tempo que estão afastados. Rodízio de aviões executivos Uma outra alternativa decidida na segunda-feira pela Aeronáutica instituiu uma espécie de rodízio para aviões de pequeno porte e jatos executivos. Nos horários de pico - entre as 7h30 e o meio-dia e das 17 às 20 horas -, essas aeronaves ficam, em princípio, impedidas de decolar, pousar ou sobrevoar o espaço aéreo entre Brasília, Cuiabá, São Paulo, Rio e Belo Horizonte. Assinada no domingo à noite pelo Comando da Aeronáutica, sem que nenhuma das empresas afetadas fosse previamente notificada, a norma técnica vai vigorar até 28 de novembro.

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