Operação padrão no Cindacta-1 incomoda Planalto

Militares atribuem problemas no sistema à "operação tartaruga" de controladores

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Por Redação
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A nova paralisação do tráfego aéreo na terça-feira, 19, incomodou o Palácio do Planalto. No início da noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado de que havia problemas no Aeroporto de Brasília e a Aeronáutica tinha informações de que se tratava de uma operação padrão. O presidente pediu mais informações e ordenou que fosse procurado o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, que está na França. Fontes militares ouvidas na terça pelo Estado atribuíram os problemas no sistema de controle de tráfego aéreo de Brasília a "uma operação tartaruga que teria sido colocada em prática pelos controladores". Com isso, eles teriam reduzido o número de aeronaves monitoradas por cada operador de 14 para 7 ou 8, reduzindo o ritmo dos pousos e decolagens. No entanto, a informação repassada ao presidente Lula foi a de que não havia como provar a má intenção de controladores. Segundo militares, a estratégia dos controladores começou a ser colocada em prática no começo da semana, quando os sargentos apontaram supostos problemas nas telas dos terminais. As regras do controle dizem que um operador não pode trabalhar se verificar alguma imperfeição no equipamento. Sem treino Usando essa regra, alguns controladores de Brasília teriam passado os últimos dias requisitando reparos técnicos. A situação chegou ao ápice na terça, quando o setor de controle de vôos de São Paulo tinha apenas uma tela disponível. O impasse só acabou quando os controladores se deram por satisfeitos com ajustes. Fontes militares disseram ao Estado que pesou para os atrasos o fato de controladores se recusarem a treinar colegas recém-contratados.

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