Operação Sentinela já prendeu quase 3 mil pessoas

Desde março, quando foi iniciada, operação apreendeu 55 toneladas de drogas; vigilância nas fronteiras com Paraguai e Bolívia foram intensificadas em apoio às ações no Rio

PUBLICIDADE

Por Solange Spigliatti
Atualização:

SÃO PAULO - Iniciada em março deste ano, a Operação Sentinela, hoje contando com agentes da Polícia Federal de 11 estados brasileiros, já realizou quase três mil prisões e apreendeu mais de 55 toneladas de drogas, segundo balanço parcial feito até o mês de outubro. Operação foi intensificada na fronteira com a Bolívia após a investida contra o tráfico no Rio nos últimos dias.

 

PUBLICIDADE

O objetivo da operação é a prevenção e repressão aos crimes praticados na região de fronteira. Os primeiros estados a participar da operação foram Amazonas, Mato Grosso do Sul e Paraná. Em dezembro, participam também da operação na fronteira os estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.

 

São alvos da ação a prática de crimes como tráfico de drogas, tráfico internacional de armas, contrabando e descaminho, exportação ilegal de veículos e imigração ilegal de estrangeiros pela fronteira seca do Brasil. Dentre as ações programadas estão previstas atividades operacionais de controle, fiscalização e inteligência policial.

 

Segundo o balanço, entre os mandados de prisão cumpridos e prisões em flagrantes, 2.829 pessoas foram detidas durante fiscalização na divisa com outros países. Os agentes já apreenderam nesses últimos meses, 55 toneladas de maconha, 547 quilos de cocaína, 1.778 quilos de pasta base de cocaína e outros 225 quilos de crack.

 

Além de prisões e apreensões de drogas, a operação já apreendeu mais de um milhão de cigarros contrabandeados, 542 animais silvestres, 270 armas, 39.381 munições e 77 explosivos. Outros 1.429 veículos também foram apreendidos.

 

Apoio. Como parte da Operação Sentinela, o governo federal ampliou nesta quarta-feira, 1, o policiamento na fronteira do Brasil com o Paraguai e a Bolívia, em apoio à guerra contra o tráfico no Rio. O objetivo também é conter a entrada de qualquer tipo de apoio logístico e a fuga de criminosos.

 

Cerca de 1.500 homens de várias corporações, incluindo Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária Federal e tropas especiais dos Estados, com apoio logístico das Forças Armadas, participam da ação. Segundo a Polícia Federal, desde que foi implantada, na última quarta, ainda não houve registro de prisões.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.