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Operação contra o tráfico prende 26 PMs no sul do Rio de Janeiro

Policiais são acusados de receber propinas de criminosos que variavam de R$ 500 a R$ 2 mil quinzenais

Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan e Roberta Pennafort
Atualização:

RIO - Vinte e seis policiais militares foram presos nesta terça-feira, 16, em uma operação contra o tráfico de drogas no sul fluminense. Eles são acusados de receber propinas de traficantes que variavam de R$ 500 a R$ 2 mil quinzenais. 

Ao todo, 310 agentes da Polícia Federal, 38 da Corregedoria e Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar e cerca de 300 PMs participam da ação Foto: PFRJ/ Divulgação

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Os alvos eram PMs associados a uma quadrilha que atua nas cidades de Volta Redonda, Itatiaia e Resende. Foram expedidos 100 mandados de prisão e 191 mandados de busca e apreensão. Até as 18 horas, havia 81 presos, sendo 77 por força dos mandados e quatro, em flagrante. 

Soldados, cabos e sargentos do 28º Batalhão da PM (Volta Redonda) foram enquadrados em crimes como associação criminosa armada, corrupção, tráfico e roubo. Trinta e dois agentes da unidade estariam envolvidos e teriam permitido a venda de drogas em áreas dominadas pelos criminosos. 

Houve casos de recebimento de R$ 10 mil para liberação de presos e de R$ 5 mil por grandes quantidades entorpecentes devolvidas. E também registros de entorpecentes apreendidos e entregues de volta aos bandidos logo na sequência, mediante pagamento de R$ 1,5 mil.

A operação foi do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do órgão, e foi realizada em parceria com a Polícia Federal, a Corregedoria e a Coordenadoria de Inteligência da PM e do próprio 28º BPM.

O trabalho baseou-se em sete denúncias feitas ao Gaeco, que se referiam aos 32 PMs e a 70 traficantes. Interceptações telefônicas revelaram que os grupos de traficantes indicaram votos em políticos que apoiavam.

Em nota, a Polícia Militar afirmou que os agentes presos foram conduzidos para a unidade prisional da corporação, em Niterói, na região metropolitana do Rio, onde ficarão "à disposição da Corregedoria".

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