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Ordem do tráfico fecha parte do comércio de bairro carioca

Por Agencia Estado
Atualização:

Parte do comércio e algumas escolas do bairro do Méier, na zona norte do Rio de Janeiro, fecharam as portas nesta sexta-feira por ordem de traficantes das favelas Camarista e do Céu. Os criminosos decretaram luto depois que Luiz Fernandes de Paula, o Pega Eu, foi morto em tiroteio com a Polícia Militar, na noite desta quinta-feira, no Morro do Céu. Há informações de que Pega Eu era ligado ao traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que está preso no Batalhão de Choque da PM. À tarde, a maioria das lojas reabriu, mas muitos comerciantes já haviam dispensados seus funcionários e mantiveram os estabelecimentos fechados. Policiais militares, chamados no início da manhã, reforçaram as patrulhas para garantir a segurança e permaneceram no local todo o dia. O diretor da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio) Natan Schiper disse que a entidade não foi oficialmente notificada por lojistas da paralisação de atividades na zona norte. Escolas As escolas municipais Maurício Cardoso e Rio Grande do Sul, no Engenho de Dentro (bairro vizinho ao Méier), também não tiveram um dia normal. Apesar de terem aberto, os alunos não foram às aulas. No dia 30, o comércio de vários bairros do Rio e de municípios da Região Metropolitana fechou, supostamente por determinação do crime organizado. Uma fita com gravações telefônicas do traficante Marco Antônio da Silva Tavares, o Marquinho Niterói, preso em Bangu 1, obtida pelo Ministério Público, mostra o criminoso combinando com um comparsa o fechamento de lojas como demonstração de força. Parceria No fim da tarde desta sexta, o secretário de Segurança Pública do RJ, Roberto Aguiar, reuniu-se com empresários da Fecomércio para acertar detalhes de uma parceria, com a participação de representantes do setor no Conselho de Segurança, que definirá políticas para a área. Os comerciantes receberam uma relação de telefones para os quais devem ligar caso se sintam ameaçados por criminosos. Uma câmara temática também foi criada para estudos sobre a criminalidade e ficou acertado que haverá uma operação para coibir a pirataria, o contrabando e a venda ilegal de produtos roubados.

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