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Osasco pode fechar bares de madrugada

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de 15 meses de discussões, a Câmara Municipal de Osasco finalmente aprovou, por unanimidade, lei que proíbe os bares da cidade de funcionar da zero hora até as 5 da manhã. A medida tem por objetivo reduzir o número de homicídios que ocorrem dentro ou nas proximidades dos bares, no horário em que é maior a incidência dos crimes. De autoria do vereador Roberto Trappi (PT), a lei se encontra com o prefeito Celso Giglio (PSDB), que tem o prazo de 15 dias para sancioná-la ou não. Em média, segundo a Polícia Militar, são registrados 25 homicídios por mês na cidade. Prefeito deve sancionar Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Osasco, o prefeito deve sancionar a lei porque Giglio é coordenador-geral do Fórum Metropolitano de Segurança Pública, e o próprio Executivo já havia apresentado projeto semelhante ao aprovado dentro do Plano Integrado de Segurança Pública. Só que, em vez de meia-noite, os bares deveriam fechar às 23 horas. A assessoria informou que esse projeto foi retirado, mas havia o interesse da aprovação da lei seca. O texto de Trappi era igual ao da lei apresentada pelo vereador Joogi Hato (PMDB) e aprovada pela Câmara de São Paulo. ?Os comerciantes, com o argumento de que a cidade possui várias universidades que funcionam até tarde e que Osasco fica próximo a São Paulo, reivindicaram que, em vez de fecharem às 23 horas, os bares cerrassem suas portas depois da meia-noite, no que foram atendidos?, explicou o vereador. Barueri ?Essa lei é importante, pois deve reduzir a violência na cidade, principalmente na zona norte, onde se localizam os bairros de Mutinga, Munhoz Júnior e Imperial?, disse Trappi. ?Com a criação da lei seca no município de Barueri, os moradores desse município passaram a freqüentar os bares localizados na zona norte de Osasco, provocando um acréscimo na violência nessa região?, esclareceu o vereador. Trappi acha que essa lei ?é muito importante? para a reduzir a violência em Osasco, embora reconheça que não é só a restrição no funcionamento dos bares que irá acabar com os homicídios. ?Na Vila Yara, na divisa com São Paulo, existe um bar que não fecha nunca. De novembro a abril, foram registrados três homicídios devido a discussões que se surgiram no interior do bar durante a madrugada?, afirmou. Diadema A Lei Seca em Diadema é um sucesso. Mais de 85% dos 1.200 bares da cidade estão obedecendo à lei, que entrou em vigor no dia 15 de junho, depois de se constatar que 60% dos homicídios ocorriam das 22 às 4 horas, no interior ou na saída dos bares. A média de 26 homicídios por mês caiu para 7, destaca a Coordenadoria de Defesa Social de Diadema.

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