Ossadas encontradas em Parada de Lucas não são humanas

Resultado preliminar aponta que ossadas não são humanas, e sim de animais

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Por Agencia Estado
Atualização:

As ossadas encontradas num terreno em Parada de Lucas não são humanas, e sim de animais. Esse é o resultado preliminar das análises feitas por peritos do Instituto Médico Legal. A polícia chegou aos ossos após denúncia de que ali poderiam estar enterrados os oito jovens seqüestrados em Vigário Geral em dezembro. "Foi feito exame de necroscopia e de antropologia forense. E preliminarmente os peritos viram que a ossada é muito antiga, está ressecada e que as características não são humanas. Provavelmente é de um mamífero suíno ou bovino", afirmou o diretor do IML, Roger Ancillotti. Os ossos seguirão para exame de anatomia patológica para definir a que tipo de animal pertenceu. As mães dos oito jovens já começaram a coletar sangue no Laboratório de DNA da Polícia Civil, no Centro. O material ficará armazenado e será usado para comparação caso a polícia encontre os corpos dos rapazes. "Foi muito difícil fazer o exame, porque é aceitar que só vamos encontrá-los mortos. Mas ainda tenho um fio de esperança de que meu filho esteja vivo em algum lugar", disse L., mãe de Emerson, de 15 anos. A polícia espera dragar na próxima semana o Rio Meriti, para tentar localizar os corpos dos jovens - uma das hipóteses investigadas pela polícia é de que os rapazes foram lançados ao rio, depois de serem torturados e mortos. Na terça-feira, durante a reconstituição do crime, técnicos da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla) disseram que não era viável o trabalho no rio por falta de acesso para o maquinário. Após a pressão dos familiares das vítimas, que ameaçaram pedir ajuda à Secretaria Nacional de Direitos Humanos, os funcionários da Serla recuaram e disseram que a dragagem é possível se as máquinas chegarem ao rio por um terreno da Marinha. Está marcada para segunda-feira uma reunião na Chefia de Polícia Civil com representantes da Marinha, da Serla e da Delegacia de Homicídios para que seja definida como a dragagem será feita. "Acredito que o pedido de autorização para trabalhar em área militar tenha de ser remetido para Brasília, mas não deve haver problemas maiores", afirmou o delegado Carlos Henrique Machado, titular da Delegacia de Homicídios.

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