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Ouvidoria das UPPs registra 70 queixas na 1ª semana de funcionamento

Maior parte das reclamações foi por som alto; não foi informado se os moradores reclamaram de policiais que atuam nas unidades

Por Clarissa Thomé
Atualização:

Rio - Na primeira semana de funcionamento da ouvidoria das Unidades de Polícia Pacificadora, o serviço foi procurado por 70 moradores da favela Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro. A principal queixa foi por perturbação de sossego, por som alto. Não foi informado se os moradores registraram reclamações contra os policiais que atuam na UPP. A Ouvidoria Paz com Voz é um serviço itinerante, que visitará quatro favelas pacificadas por mês. A ideia é abrir um canal de interlocução com a comunidade. A unidade funciona dentro de uma van adaptada, transformada em sala de atendimento e equipada com computadores. A equipe tem 20 ouvidores. "A boa receptividade dos moradores reflete o quanto a sociedade acredita no trabalho das UPPs e quer contribuir para a melhoria dos serviços", afirmou a ouvidora-geral das UPPs, tenente Tatiana Lima. Nesta semana, a ouvidoria ficará na Rocinha, na zona sul. A decisão de criar a ouvidoria das UPPs ocorreu depois do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, morto após ser levado por policiais até a sede da UPP da Rocinha. Ao anunciar a criação do serviço, em novembro do ano passado, o coordenador das UPPs, coronel Frederico Caldas, garantiu que a ouvidoria funcionaria com transparência, com mecanismos para que os moradores pudessem acompanhar as denúncias.

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