Ouvidoria investiga quarta morte em operação da Polícia Civil

Caso aconteceu no município de Nova Granada, interior de SP, na sexta-feira

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Por Agencia Estado
Atualização:

Uma quarta morte ocorrida durante a megaoperação da Polícia Civil na semana passada também deverá ser apurada pela Ouvidoria de Polícia do Estado. O caso aconteceu em Nova Granada, a 471 quilômetros a noroeste de São Paulo. Na manhã do dia 23, Regislaine Gonçalves da Silva, 27 anos, morreu de parada cardíaca depois de dar entrada na Santa Casa da cidade. A suspeita é de que ela teria tido uma overdose depois de engolir pedras de crack, na manhã do dia 23, quando policiais entraram em sua casa, no jardim Estação, para fazer uma revista à procura de drogas. Segundo relatos de familiares, Regislaine foi surpreendida pela polícia quando saía de manhã para buscar um atestado de antecedentes criminais. Os policiais, então, teriam retirado os filhos de Regislaine e passado cerca de 20 minutos com ela dentro da casa. Quando saíram, o filho de 10 anos entrou no imóvel e viu a mãe de debatendo. Regislaine foi levada à Santa Casa, sendo atendida pela médica Graziele Buzelli. De acordo com um dos funcionários do hospital, os médicos tentaram reanimar Regislaine, que chegou a vomitar algumas pedras de crack, mas morreu em seguida. O delegado Vinicius Antonio de Carvalho que comandou a blitz não foi localizado nesta terça-feira para falar sobre o assunto. O delegado Pedro Curti Filho disse que não poderia dar detalhes porque o inquérito que apura o caso estava trancado num armário e ele estava sem as chaves, mas afirmou que Regislaine morreu depois da blitz. No entanto, a Ouvidoria deverá pedir informações para abrir procedimento de investigação sobre o caso. Operação Pelo menos 2 mil pessoas foram presas em todo o Brasil na última sexta-feira, 23, na megaoperação deflagrada em 25 Estados e no Distrito Federal. Cerca de 30 mil delegados e investigadores foram às ruas atrás de ladrões, seqüestradores, falsários, homicidas, estupradores e outros criminosos. A maioria das prisões aconteceu em São Paulo, com 1.894 detidos Segundo balanço da polícia paulista, três pessoas morreram após resistirem à abordagem dos policiais. Entre os detidos em São Paulo, 773 foram liberados após assinaram termos circunstanciados porque cometeram crimes que não são considerados graves. Também foram apreendidos 219 menores. Foram feitos 583 flagrantes e recapturados 257 fugitivos. Também foram cumpridos 1.395 mandados de busca e apreensão e 70 estabelecimentos comerciais fechados. Dos 36.554 veículos vistoriados, 1.634 foram apreendidos. Ao todo, 49.297 pessoas foram abordadas no Estado. Foram apreendidas 257 armas, 322 kg de drogas, além de 640.606 objetos.

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