Paciente é executado em hospital de Campinas

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Por Agencia Estado
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Um assassinato ousado, ocorrido no final da noite de sábado, expôs mais uma vez a fragilidade da segurança em Campinas e refletiu o cenário de incredulidade que tomou conta de todo o Estado. Edvan Martins de Souza foi morto dentro de um quarto de internação do Hospital Municipal Mário Gatti por um homem que se apresentou como visitante. Depois de disparar mais de dez tiros contra o paciente na frente de uma perplexa equipe de enfermagem, o assassino conseguiu fugir incólume pelas escadas porque foi confundido com um morador assustado pelos dois guardas com quem cruzou antes de alcançar o comparsa que o esperava para a fuga em uma moto. O criminoso desceu as escadas gritando por socorro e os guardas acharam que ele era apenas um homem assustado com os tiros. Até hoje, a polícia não havia identificado o autor dos disparos. Souza chegou a ser operado, mas morreu uma hora e meia depois. Ex-presidiário, cumpriu pena na cadeia de Americana, havia passado por uma cirurgia na sexta-feira para corrigir seqüelas de um tiro que recebeu no abdome em abril do ano passado. Martins foi a 19.ª vítima de homicídio este ano em Campinas, crime que teve um aumento de 15% na cidade em 2001 com relação ao ano anterior. Em 2000, foram 530 assassinatos e no ano passado, 609. O que mais cresceu na cidade foram os casos de seqüestro, 14 em 2000 e 32 em 2001, aumento de 128%. Às estatísticas soma-se o fator psicológico de cidadãos que viram seu prefeito ser morto em um crime ainda não esclarecido. O assassinato do prefeito Antonio da Costa Santos foi o de número 414 em Campinas, em 10 de setembro do ano passado.

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