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Pacote de obras vai atrasar e custar mais

Gestão pagará extra de R$ 8,4 mi por 27 locais de ensino fundamental

Por Vitor Sorano
Atualização:

A Prefeitura de São Paulo vai pagar mais caro por um pacote de 27 escolas de ensino fundamental que serão entregues - com atraso. O contrato com a Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), que contratou nove empresas para fazer a licitação, estava previsto para terminar no fim do ano passado, mas foi prorrogado até 31 de julho deste ano. Fechado por R$ 134,8 milhões em 2008, o pacote teve mais R$ 8,4 milhões injetados na primeira quinzena de maio. Hoje, está em R$ 143.215.146,87. A Prefeitura diz que as alterações - de prazo e de valor - estão amparadas nos contratos para as obras. A demanda por ensino fundamental é plenamente atendida na capital, segundo a Secretaria Municipal de Educação. A construção das 27 unidades é uma das estratégias da gestão Kassab (DEM) para eliminar o turno da fome, existente em 13% das unidades da rede, informa a pasta. Oficialmente chamado terceiro turno, o período ocorre das 11 às 15 horas e limita a carga horária a quatro horas por dia - o mínimo exigido por lei. As crianças, porém, não ficam sem almoço. Acabar com o turno da fome até 2008 foi uma promessa de campanha que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) não cumpriu. Neste ano, 69 unidades (os 13%) iniciaram as aulas com três períodos. A Emurb, que pertence à Prefeitura, recebe o dinheiro da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras. Parte do dinheiro é usada para pagar as empreiteiras que realizam as obras. Segundo a Prefeitura, as alterações contratuais ocorreram por causa de problemas de terraplenagem, de desapropriação e de fundações.

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