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Padre do interior de SP condenado por abuso de menor

Por Agencia Estado
Atualização:

O padre Paulo de Souza Dias foi condenado, ontem, a sete anos de prisão em regime fechado por atentado violento ao pudor, pelo tribunal de Atibaia, a 56 quilômetros de São Paulo. O padre foi acusado de ter abusado sexualmente de um adolescente de 17 anos na casa paroquial, na madrugada do dia 12 de novembro de 2000. Atualmente Paulo está em uma paróquia na cidade de Mairiporã. A condenação dividiu a opinião publica em Atibaia. Padre Paulo foi por quase dez anos Pároco da igreja mais tradicional da cidade (Igreja da Matriz de São João Batista) e ficou conhecido por polêmicas, como a campanha contra um projeto da Câmara Municipal que dava o nome da atriz Derci Gonçalves ao coreto em frente à igreja. O padre que é filiado ao PT cogitou disputar a prefeitura da cidade em 2000. Na época do crime, um adolescente de 17 anos que morou por um mês na casa paroquial disse à polícia que havia sido abusado sexualmente pelo padre. O jovem relatou que dormia em seu quarto quando Paulo teria entrado e o forçado a manter relação sexual mediante ameaça. A perícia confirmou a presença de sêmen do padre no corpo do adolescente. A justiça da cidade, com base nas provas e através de sentença assinada pelo juiz Grakton Satiro Aragão condenou Paulo a sete anos de prisão em regime fechado. A sentença impede o recurso em liberdade. A advogada de defesa, Heloísa de Castro Valente disse que vai recorrer da sentença e alega que o padre foi vítima de uma armação política. A reportagem tentou entrar em contato com o bispo da diocese de Bragança Paulista (a qual padre Paulo estava subordinado na época), Dom Bruno Gamberini para comentar a condenação, mas ele não foi encontrado.

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