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Padre preso por abuso sexual no Mato Grosso do Sul

Por Agencia Estado
Atualização:

O responsável pela Paróquia Nossa Senhora Aparecida, situada em Aral Moreira, na divisa com o Paraguai e a 347 quilômetros de Campo Grande, padre Lúcio de Lima Lopes, 32 anos, está preso na Cadeia Pública de Ponta Porã. A prisão foi feita, ontem, por agentes da Delegacia da Mulher que receberam denúncia anônima sobre exploração sexual praticada pelo religioso contra meninos paraguaios de 11 a 14 anos, que cuidam de carros em troca de gorjetas, no centro de Ponta Porã, vizinha de Pedro Juan Caballero (Paraguai). Ele iniciou o sacerdócio em março de 2003. Os menores ouvidos hoje confirmaram o crime acrescentando que Lúcio costumava mandar bilhetes para que as crianças fosse até ele. No momento da prisão, foi encontrado um bilhete no bolso do acusado, oferecendo R$ 20,00 para um dos garotos. Disseram ainda não serem recentes os ataques do sacerdote que conseguia na maioria das "visitas" das pequenas vítimas, manter relações sexuais. Segundo o presidente do Tribunal Eclesiástico de Mato Grosso do Sul, padre Antônio Ribeiro Leandro, caso Lúcio seja condenado pelo Poder Judiciário, será expulso da igreja. O caso poderá ser o segundo do gênero no Estado, porque no ano passado, Roosevelt de Sá Medeiros, que era padre na cidade de Bonito, Pantanal do Mato Grosso do Sul perdeu a batina, logo após ser acusado por tráfico de drogas e exploração sexual de crianças. Essa modalidade de crime está sendo investigada em várias cidades da região sul do MS, principalmente em Ponta Porã, onde existe o maior número de denúncias. Segundo o delegado do Primeiro Distrito Policial daquele município, Waldir Siqueira Pinto, vários suspeitos estão sendo investigados, notadamente empresários conhecidos na cidade. Depois de reunidas todas as provas necessárias serão presos. Entre eles há uma mulher que faz o "agenciamento" de meninas de 10 a 15 anos. Existem 12 garotas vítimas da quadrilha, no Conselho Tutelar.

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