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Paes afirma que irá remover 'todos' os moradores do Morro dos Prazeres e Laboriaux

Prefeito do Rio criticou 'demagogos de plantão' contrários à medida; moradores se opõem a serem retirados

Por chuvas no Rio; Rio; Eduardo Paes; Morro dos Prazeres; Rocinha
Atualização:

Felipe Werneck, da Sucursal Rio

 

RIO- No dia seguinte da enxurrada que matou 133 pessoas no Estado, o prefeito da capital, Eduardo Paes (PMDB), anunciou a decisão de remover e reassentar "todos" os moradores do Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, no centro, onde morreram 18 pessoas em deslizamentos, e no trecho da Rocinha conhecido como Laboriaux, na zona sul.

 

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"É uma decisão tomada a partir de estudos de geotecnia. Não vamos mais brincar com essa história", disse ele, que criticou "demagogos de plantão" contrários à medida. Sem informar prazos, o prefeito afirmou nesta quarta, 7, que vai "avançar" na questão dos reassentamentos na cidade.

 

No caso das duas favelas, ele calculou que 2 mil famílias serão transferidas para local ainda não definido. "Não me peçam data ou projeto. Vamos discutir isso na fase seguinte da contingência."

 

Paes disse esperar que os "demagogos de plantão não esqueçam" a tragédia provocada pela chuva. "Não vou ser responsável por pessoas morrerem ou passar todo o verão sem dormir." Ele afirmou que impedir novas ocupações é uma "linha" de seu governo.

 

"Não vou ficar com esses urubus da política esperando essas pessoas morrerem para que eles possam de alguma maneira se divertir."

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O prefeito fez o anúncio ao comentar declaração do secretário de Defesa Civil do Estado, Sérgio Côrtes, que defendera "remoção compulsória" de moradores de áreas de risco.

 

Em janeiro, a prefeitura havia apresentado um mapeamento de áreas de risco que indicava a necessidade de remoção de 12.196 domicílios em 119 comunidades. Apenas um dos locais onde morreram as 43 vítimas da tragédia na capital estava na lista: a Rocinha (com uma vítima).

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