Pai acusado de raptar a própria filha

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Por Agencia Estado
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A polícia de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, está à espera de Clementino Fagundes de Freitas, acusado de ter raptado a própria filha, Letícia Eva de Freitas, de um ano e um mês, que morava com a mãe, Márcia Fragoso de Moura, 29 anos. Os dois disputam judicialmente a guarda da criança. Três homens, que se diziam policiais, retiraram a criança da mãe, por volta das 11 horas da noite desta quinta-feira. A secretária da delegacia informou na tarde desta sexta-feira que a criança está com o pai e que ele ficou de se apresentar na próxima segunda-feira. De acordo com Márcia, os três homens chegaram à sua casa, na periferia da cidade, mandando as dez pessoas que moram no local, inclusive crianças, a deitarem-se no chão. Armados, eles disseram que Márcia era acusada de ser viciada em drogas e deveria acompanhá-los até a delegacia levando o bebê. Do lado de fora da casa, três carros aguardavam-na. Ela entrou num deles e foi abandonada, com o rosto coberto, no Bairro Umbará, em Curitiba. Os raptores levaram a criança. Em depoimento à polícia, a mãe afirmou que está em litígio com Clementino, que pretende ficar com a criança. Na quarta-feira, ela teve uma reunião no Conselho Tutelar para resolver a questão, mas teria saído indignada por não querer permitir que o pai visse a filha. "Ele disse que era para aceitar numa boa, que ele queria ficar para sempre com ela ou ele matava minha família toda", disse. "Ela precisa de mim, ela não conhece ele, nunca conviveu com ele, ele não é boa pessoa." Segundo Márcia, Clementino teria cometido dois homicídios no Rio Grande do Sul. O delegado Noel Francisco da Silva disse que não trataria o caso como seqüestro. "Trata-se, a princípio, de um litígio envolvendo um casal", afirmou. Policiais estiveram numa favela no Bairro Parolin, onde Clementino residiria, mas não o encontraram nem à criança. A polícia também tenta identificar os carros que levaram a criança.

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