''''Pai não tem de ser amiguinho''''

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Por Redação
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Os pais ficam na dúvida sobre quando devem agir e levar o filho a um especialista. "Quando um adolescente começa a dar sinais de mudanças bruscas de comportamento - mata aula para dormir, passa as noites na rua, emagrece muito ou engorda - é importante procurar auxílio de um terapeuta", diz o psiquiatra Jorge César Gomes Figueiredo. Se for mesmo caso de dependência química, muitas vezes o tratamento ambulatorial resolve. A internação é indicada, segundo o especialista, em casos em que o paciente corre risco de vida. E isso quer dizer, por exemplo, risco de overdose, comportamento muito agressivo e delírios. "É muito comum o paciente não aceitar o tratamento e ainda dizer que consegue sair dessa sozinho", afirma Figueiredo. Quando isso acontece, ele costuma dar um prazo ao paciente. "Se ele não consegue parar de consumir, tenho como cobrar e provar que ele precisa de ajuda. Se ele está doente, alguém tem de responder por ele. O pai não tem de ser amiguinho, mas fazer o filho colocar o pé no chão. O paciente precisa ser informado de que não está bem. O dependente químico fica com a função cognitiva alterada. Até sua memória é abalada. Ele não tem a noção do estado em que se encontra", explica o psiquiatra.

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