Países latino-americanos discutem combate a narcotráfico

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Por Agencia Estado
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A única forma de combater o narcotráfico na América é através da cooperação das autoridades de todos os países do continente. Essa é premissa fundamental dos participantes do 13º Honlea (Heads of National Drug Enforcement Agêncies) fórum criado pela Comissão de Narcóticos da Organização das Nações Unidas (ONU) com representantes de 34 países latino-americanos e do Caribe para promover a cooperação regional voltada ao combate do tráfico de drogas, aberto hoje em Salvador. Presente à solenidade o ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos assinalou que pela "magnitude e importância" do problema é impossível combater o narcotráfico de forma isolada. Segundo ele um dos pontos fundamentais dessa luta é centrar fogo contra o "lavagem de dinheiro" que mantém viva a estrutura do tráfico. "Essa possibilidade de lavar o dinheiro obtido com as drogas é que torna possível o crime organizado", disse, garantindo que esse combate no Brasil foi ampliado no atual governo. Bastos admitiu por outro lado que ainda há muito a se fazer inclusive para erradicar a corrupção nas polícias. O diretor da Polícia Federal delegado Paulo Lacerda confirmou que a instituição passa por problemas operacionais e financeiros, mas acha que isso não prejudica o trabalho. "Vamos abrir concurso para contratação de 4.500 novos agentes que devem começar a trabalhar no próximo ano e quanto à dificuldades de recursos é um problema conjuntural que acreditamos será resolvido rapidamente", disse, informando que o orçamento da PF para este ano acabou e já foi pedido uma suplementação orçamentária. Conforme o representante do Escritório Regional da ONU contra Drogas e Crime para o Brasil e Cone Sul Giovanni Quaglia, com seus cerca de 200 milhões de consumidores em todo o mundo as drogas ilícitas movimentam US$ 400 bilhões por ano, sendo uma ameaça a governo e sociedades. Nesse cenário a América Latina e o Caribe têm se destacado. Quaglia disse que com a globalização do crime organizado a parceria e alianças entre países para combate-lo é importante para tornar eficiente o seu enfrentamento. Graças às recomendações do Honlea anterior, a Polícia Federal brasileira junto com a ONU estão implantando um moderno programa de controle de produtos químicos usados na produção das drogas ilícitas.

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