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Palocci defende redução de gastos em 0,2% do PIB ao ano

Ele diz que decidiu sair candidato a deputado porque já deu a sua contribuição ao governo

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, defendeu "uma redução de gastos por parte do governo de 0,2% do PIB ao ano, durante 10 anos". Ele deu uma longa entrevista ao site da Câmara Americana do Comércio, a Amcham. No início de agosto ele esteve na entidade para falar a uma platéia de empresários. "Como já dei uma contribuição no governo, quero contribuir no Congresso, em particular as reformas microeconômicas e os projetos de longo prazo, no campo fiscal, no campo da estabilidade. Penso que deve haver uma ação importante da parte do Legislativo, por isso quero dar esta contribuição", disse, ao ser perguntado sobre o motivo que o levou a disputar uma vaga à Câmara. Palocci foi demitido do governo Lula, após a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Nildo, como é conhecido o caseiro, denunciou às visitas do ex-ministro à mansão alugada em Brasília pelos lobistas conhecidos hoje como república de Ribeirão Preto. Para ele, as opções de cortes de despesas são muitas e penso que o Congresso deva deixar o governo fazer opções. Citou a redução do déficit da Previdência, a melhoria da gestão nos ministérios com maiores despesas. "Essa economia de recursos deveria ser destinada a dois objetivos: aumentar o investimento público em infra-estrutura, habitação e saneamento, e reduzir a carga tributária, iniciando pela desoneração total do investimento", avaliou. Sobre uma reforma tributária factível para o País no próximo governo, Palocci disse que o foco deve ser a simplificação, com objetivo de alargar a base de tributação. "Nos últimos anos tem acontecido o contrário: quem paga, cada vez paga mais, e quem não paga corretamente cada vez paga menos", disse. Para ele, a primeira medida deveria ser a simplificação do ICMS que hoje tem 27 leis, 27 normas e mais de 40 alíquotas. "Deveríamos ter uma única lei, uma única norma e apenas 5 alíquotas. A reforma deveria prever, no prazo de 2 ou 3 anos a unificação dos impostos de valor agregado (ICMS, PIS, COFINS) em um único imposto , o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), com distribuição automática entre municípios, estados e União".

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