
27 de maio de 2015 | 17h26
O papa Francisco disse nesta quarta-feira, 27, ao falar sobre o tempo de namoro dos casais, que a sociedade atual "muitas vezes tende a converter o amor em um objeto de consumo". O pronunciamento foi feito durante sua catequese na audiência geral na Praça de São Pedro.
"A cultura consumista do 'usar e descartar', do 'tudo de uma só vez', que impera em nossa sociedade, muitas vezes tende a converter o amor em um objeto de consumo, que não pode constituir o fundamento de um compromisso vital", disse o pontífice.
Francisco dedicou sua catequese ao namoro, que disse que deve ser um tempo em que se aprende a se conhecer antes de chegar ao matrimônio.
"Sim, muitos casais levam muito tempo, também na intimidade, às vezes convivendo, mas não se conhecem de verdade. Parece algo estranho, mas a experiência demonstra que é assim", disse.
Por isso, pediu que se "volte a valorizar o namoro como um tempo de reconhecimento recíproco e de compartilhar um projeto".
O papa também disse que "o namoro serve para criar a vontade de proteger algo que nunca deverá ser comprado ou vendido, traído ou abandonado, seja qual for a oferta".
O pontífice também explicou que o casamento "não é só uma relação baseada na atração e no sentimento, mas que estabelece uma aliança tão sólida e duradoura que faz de duas vidas uma só, um autêntico milagre da liberdade humana e da graça de Deus".
E acrescentou: "Uma aliança assim não se improvisa".
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