PUBLICIDADE

Papa Francisco e patriarca ortodoxo defendem união

Igrejas estão separadas desde o Grande Cisma do Oriente, em 1054; religiosos criticam violência contra cristãos no Oriente Médio

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

ISTAMBUL - Os líderes da Igreja Católica, papa Francisco, e da Ortodoxa, Bartolomeu I, fizeram neste domingo, 30, uma declaração conjunta pela reunificação das duas igrejas, separadas desde o Grande Cisma do Oriente, em 1054.

PUBLICIDADE

"O único que deseja a Igreja Católica e que eu busco como bispo de Roma é a comunhão com as igrejas ortodoxas", disse Francisco, em uma cerimônia de cerca de três horas celebrada no Dia de Santo André, apóstolo de Jesus segundo a tradição, e patrono da Igreja do Oriente.

Para ilustrar suas palavras, os dois líderes religiosos, que se consideram amigos, apareceram de mãos dadas e se abraçaram na sede do patriarcado, para os aplausos de milhares de fiéis.

Papa Francisco e o patriarca Bartolomeu I se cumprimentam durante cerimônia na Igreja Ortodoxa de Istambul; o líder da Igreja Católica fez uma visita de três dias à Turquia Foto: Filippo Monteforte/Reuters

Segundo Francisco, restabelecer a "plena comunhão" entre católicos e outros cristãos "não significa submissão e assimilação" de uma religião a outra.

"Quero assegurar a cada um de vocês que, para alcançar o objetivo de unificação, a Igreja Católica não tem a intenção de impor qualquer exigência, exceto de uma fé comum", declarou o papa.

Francisco e o líder ortodoxo também pediram à comunidade internacional que uma resposta apropriada aos ataques contra cristãos nos países do Oriente Médio. O papa afirmou que as pessoas de todas as fés não podemficar indiferentes às vítimas da "desumana e brutal" guerra ao lado.

"Tirar a paz de um povo, cometendo todo ato de violência, ou consentir com tais atos, especialmente quando dirigido contra os mais fracos e indefesos, é um profundamente grave pecado contra Deus", disse Francisco. "Muitos dos nossos irmãos e irmãs estão sendo perseguidos e foram expulsos com violência dos seus lugares. Parece que se perdeu o valor da vida."/AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.