Papa expulsa do sacerdócio padre chileno investigado por abuso infantil

Óscar Muñoz Toledo é acusado de cometer cinco crimes sexuais contra crianças e adolescentes, incluindo estupro

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Por Redação
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O papa Francisco impôs a "renúncia do estado clerical" ao ex-chanceler do arcebispado de Santiago Óscar Muñoz Toledo, acusado pelo Ministério Público chileno de cometer abuso sexual de menores, informaram fontes eclesiásticas nesta segunda-feira, 18.

Papa Francisco no Palácio Apostólico do Vaticano, durante encontro promovido pelo Instituto para o Diálogo Inter-Religioso da Argentina Foto: EFE/ EPA

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"O santo papa Francisco impôs a Oscar Muñoz Toledo a renúncia do Estado clerical 'ex officio et pro bono Ecclesiae' pelos crimes de abuso sexual de menores", afirmou o arcebispo de Santiago, em comunicado.

O decreto foi emitido pela Congregação para a Doutrina da Fé da Santa Sé e foi comunicado a Muñoz na segunda-feira, acrescenta a carta. O Ministério Público da região de O'Higgins acusa Muñoz de quatro crimes de abuso sexual de menores e um de estupro, e pede sentenças que excedam 20 anos de prisão.

A Igreja Católica chilena vive desde 2018 a pior crise de sua história por supostos crimes sexuais contra crianças, adolescentes e adultos, cometidos por clérigos, religiosos e leigos relacionados ao clero.

O Ministério Público Nacional registra 164 casos atuais, envolvendo 220 pessoas investigadas e 246 vítimas, das quais metade são crianças e adolescentes. Para enfrentar os danos causados ​​pelos abusos causados ​​pelos membros da Igreja, o Arcebispo de Santiago decidiu criar a "Delegação para a Verdade e a Paz", coordenar as queixas, acompanhar as vítimas, realizar as investigações e cooperar com as instituições.

Após o anúncio do papa, o órgão reiterou seu compromisso com a busca da verdade e da justiça para aqueles que foram prejudicados por qualquer um dos membros do clero da Igreja de Santiago. /EFE

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