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Para ACM, Lula usa dinheiro público eleitoralmente

Ele se referiu ao fato de o presidente ter liberado verbas para o RS um dia antes de fazer campanha no Estado

Por Agencia Estado
Atualização:

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de direcionar os investimentos públicos para melhorar sua performance eleitoral. "O governo apodreceu. Estamos diante de um governo podre", atacou o pefelista da tribuna do Senado. Segundo ele, o presidente levou "um pacote de dinheiro para o Rio Grande do Sul" às vésperas de sua viagem no fim de semana, "para melhorar sua situação, que é gravíssima na região, assim como o será no Nordeste, quando o povo conhecer quem é Lula". É justamente nos três Estados do Sul que o maior adversário de Lula na corrida sucessória - o candidato da coligação PSDB-PFL, Geraldo Alckmin - apresenta os melhores índices nas pesquisas de intenção de voto. Segundo a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), que participa da coordenação da campanha de Alckmin, seu candidato já está sete pontos percentuais à frente de Lula no Rio Grande do Sul. Em seu discurso, ACM atribuiu o crescimento do tucano no Sul do País ao "desastre que Lula provocou na agricultura e na pecuária", o que o tornou conhecido do povo da região. E deixou claro que, a seu ver, a investida do governo "que casa a liberação de verbas com as viagens de Lula" para colher dividendos eleitorais, será inútil. "Não se compra consciências. O povo não vai se dobrar", afirmou. A despeito de seu rompimento político de mais de uma década com o ex-presidente Itamar Franco, ACM também criticou Lula por tentar "ridicularizar" aquele a quem ele próprio entregara a embaixada brasileira na Itália. "O presidente tentou ridicularizar Itamar, como se este fosse alienado por causa da idade", protestou Antonio Carlos, para indagar se Lula também quis dizer o mesmo de seu amigo e senador José Sarney (PMDB-AP), que segundo ele também já passou dos 75. Depois de citar uma série de celebridades, como Miguel Reale e Eugenio Goudin "que morreu lúcido aos 98 anos", ACM disse que "os idosos não são como ele, esclerosados", para provocar em seguida: "Ele (Lula) está esclerosado, embora conservado no álcool".

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